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“Fui sempre melhor recebido na Câmara das Caldas do que em Alcobaça”

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José marques é a favor da localização do novo hospital em Caldas da RainhaJosé Marques Serralheiro mentor do Futuro Hospital Oeste Norte quer unidade nas Caldas Carlos BarrosoO ministro da saúde, Correia de Campos, propôs durante um programa da RTP 1, emitido em directo no dia sete de Janeiro, a constituição de um novo hospital […]
“Fui sempre melhor recebido na Câmara das <br>Caldas do que em Alcobaça”

José marques é a favor da localização do novo hospital em Caldas da RainhaJosé Marques Serralheiro mentor do Futuro Hospital Oeste Norte quer unidade nas Caldas Carlos BarrosoO ministro da saúde, Correia de Campos, propôs durante um programa da RTP 1, emitido em directo no dia sete de Janeiro, a constituição de um novo hospital na zona Oeste Norte, que integraria as zonas de influência de Alcobaça, Peniche e Caldas da Rainha.A ideia foi avançada por Correia de Campos no programa “Prós e Contras”, da RTP, e prevê, a prazo, o encerramento das urgências no Hospital de Peniche.“Se as Câmaras Municipais estiverem de acordo, vamos constituir, em breve, o centro hospitalar de Oeste Norte, que integra Alcobaça, Peniche e Caldas da Rainha”, anunciou Correia de Campos, admitindo, no entanto, que esta proposta poderá ser alterada.António Branco presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, que já disse que está a preparar o projecto para apresentar ao ministro, considera que o futuro Hospital da Região Oeste nada tem a ver com o encerramento das urgências no Hospital de Peniche.

Quem viu bem estas duas declarações foi o promotor da ideia, o administrador Hospitalar, José Marques Serralheiro.“Vi o anúncio do Ministro da Saúde, de uma forma muito positiva e interessante para poder caminhar para o Hospital Oeste Norte. Ao fim de tantos anos o objectivo era chegar a um ministro que se comprometesse com este projecto e o defendesse e isso agora está conseguido”, afirmou o administrador hospitalar.José Marques defende a ideia de construir o Hospital Oeste Norte, para uma população de 250 mil habitantes com 250 camas de internamento, desde 2001, alegando que nenhum outro Hospital “teve tanto fundamento técnico como este para o Oeste”, já que outros foram construídos por fundamento político.Peniche e o Hospital Oeste NorteJosé Marques confessou também que o Ministro Correia de Campo, “pediu ao professor Daniel Bessa para estudar o projecto e quando o estudo estiver concluído, o Ministro da Saúde irá falar comigo”.O também deputado da Assembleia Municipal de Alcobaça confessou que o facto de se chegarem urgências “pode ajudar a construção de um novo Hospital”, justificando que “tardiamente em Portugal há concentração de recursos. Hoje os hospitais de Caldas, Peniche e de Alcobaça, são impropriamente chamados hospitais. Um hospital em Portugal, para ter dimensão mínima critica, para ser uma unidade sustentável, tem de ter o mínimo de 241 camas. O professor Daniel Bessa põem a fasquia em 300 camas e eu coloco no Hospital Oeste Norte nas 250 camas”, argumenta.Também José Marques alega, que “a distância calcula-se, agora em tempo e não em quilómetros. O presidente de Peniche chegou a fundamentar que se houver um acidente na Berlenga não há meios para socorrer, se o Hospital fechar. Não se pode ver as coisas nesse prisma, porque mais depressa chega o INEM ao local e estabiliza o doente no local, do que o transporta em situação critica para o Hospital. Se o doente não for estabilizado no local então é que morre de certeza”, debate.Para José Marques o ministério da saúde deveria de colocar mais uma viatura VMER a operar no Oeste em vez de ter colocado uma viatura SIV.“Deveriam de pedir mais uma VMER. Uma ficava a operar no norte do Oeste e outra no sul. Esta viatura salva pelo menos uma vida por mês. Isso é muito bom. Uma VMER chega em dez minutos a Peniche, porque hoje temos a A8, A15 e IP6 e o tempo de deslocação é muito curto”, lembra, acrescentando que “as novas SIV não são carne, nem são peixe”, critica.O mentor do Hospital Oeste Norte considera o actual ministro da saúde como “uma das pessoas que mais sabe de saúde em Portugal”, porém “quando a politica é outra, porque há pessoas, dentro e fora do seu partido que querem fazer “show off” com o fecho de urgência e concentração de meios, o ministro devia de saber que isto ía acontecer e tinha de se preparar muito bem para estas condições”, fundamenta. Por Peniche ter cerca de 50 mil pessoas no Verão, José Marques evoca que as pessoas quando estão de férias não ficam doentes.“Ninguém adoece no Verão. Vejam Monte Gordo, que tem um hospital da treta e as pessoas não deixam de ir para lá”.“As pessoas tem direito aos cuidados, mas aqueles que iam às duas da manhã e não tinham ninguém à sua frente e podia ser rapidamente atendidos no Hospital das Caldas podem começar a ter mais pessoas e isso implica perder uma noite no Hospital”, sustenta, manifestando ainda que “as urgências recebam cerca de 250 pessoas por dia, mas mais de cem não deviam de meter lá os pés. Deviam de ter médico de família, pelo menos durante 60 horas semanais”, pondera.Ideia e a localizaçãoA ideia do Hospital Oeste Norte surgiu em 2001, e a localização era pretendida em Alfeizerão, mas por não ter apoios, José Marques procurou ajuda em outros Municípios, tendo recebido mais auxílio nas Caldas.“Fui sempre melhor recebido na Câmara das Caldas do que em Alcobaça, mesmo sendo eu deputado Municipal em Alcobaça”, confessa.“A primeira Assembleia Municipal onde eu falei, foi nas Caldas e depois em Alcobaça onde fui mal tratado e chamaram-me de megalómano”, lamenta.A localização foi aprovada no nó da A8, e com esta condição, “não quer dizer que seja em Alcobaça. Para mim a melhor localização é Caldas e dentro de Caldas, a Escola de Sargentos do Exercito. O quartel tem 15 hectares e eles podem construir um outro na carreira de tiro de Tornada, com seis hectares”, vinca o administrador.“Eu cheguei a escrever ao Ministério da Defesa e eles responderam cordialmente a dizer que não havia nenhum projecto no Ministério da Defesa sobre o Hospital”, esclarece.Por estas movimentações nas Caldas, em Alcobaça, José Marques já foi chamado de “traidor”, mas recorda que “actualmente não há fronteiras, porque o Oeste é plano. A localização deve ser a mais central para todas. A localização deve ser Caldas, pela sua centralidade”, sublinha.“Eu falei com o presidente Fernando Costa e disse-lhe que só não tem o Hospital dentro do quartel da ESE porque não quer. Agora o Sapinho meta a viola no saco, porque as Caldas é uma cidade que tem 30 mil habitantes e Alcobaça é uma aldeia”, afirmou.José Marques já tentou apoio em Peniche, mas quando tentou falar com o autarca penicheiro para receber apoio para o passeio de bicicleta, o administrador desabafa: “ele nem os grelhadores me emprestou, por defender que o Hospital fosse em Alfeizerão ou nas Caldas”.Por estes “ciúmes”, o mentor do Hospital Oeste Norte, pede para que todos os autarcas se “unam para defender este projecto. O Sapinho nunca ganha o Hospital em Alcobaça. O Fernando Costa tem a sorte de ter estar à frente de uma cidade com uma centralidade brutal. Mas agora não podem andar a defender o Hospital Oeste Norte, e defender ao mesmo tempo a ampliação do Hospital das Caldas”, recorda.Sobre este assunto, José Marques adianta que o actual ministro da saúde lhe confessou, em 2002, que “não há um cêntimo nos próximos dez anos para ampliação do Hospital das Caldas. Eu sei disso e o Dr. Vasco Trancoso sabe disso também. O Ministério não vai ampliar o Hospital naquele sítio e gastar 25 milhões euros. Agora, até com o Centro Cultural construído, arranjaram mais um argumento para não terem ampliação do Hospital, porque uma infra-estrutura dessas precisa de mil lugares de estacionamento. Só se derem cabo da Mata é que conseguem arranjar espaço para arrumarem os carros”, desabafa.Porém a luta prossegue em Alcobaça, José Marques tem como forte opositor o presidente da Câmara de Alcobaça que já colocou verba em orçamento para aquisição de terrenos, além de se desdobrar em reuniões e contactos para conseguir o Hospital em Alcobaça, mas com outro nome.“Eu vou ao ministério e ele está lá, ou esteve. Ele meteu-se na corrida e os outros estão parados. Ele anda a lutar pelo protagonismo e isso pode prejudicar o projecto”, lástima. Também nas Caldas, José Marques poderia ter um apoio de peso se o deputado António Galamba se pronunciasse sobre o assunto. Segundo contou “António Galamba anda calado quando podia ter uma influência importante neste projecto”, recorda.Até a Bill Gates sabe da ideia do Hospital Oeste NorteJosé Marques ao longo destes seis anos, já escreveu para tudo o é sítio, tendo inclusive escrito para Bill Gates.“Escrevi ao Bill Gates e através da Fundação dele, em pouco mais de três dias responderam-me simpaticamente. Foi fabuloso porque pedi financiamento para o Hospital e ele escreveu dizendo que a prioridade é construir hospitais em Africa, mas se o projecto se enquadrasse em certos pressupostos da Fundação eles iriam estudar a minha proposta. É claro que não se enquadrava porque eles só entrevêem em zonas de grande carência e de epidemias”, contou, acrescentando que mesmo assim, “eu mandei um convite para ele vir dormir em Alcobaça, perto do Mosteiro”.José Marques Serralheiro desde que iniciou esta batalha, já tem 1500 horas dedicadas ao projecto, gastando mais de 15 mil euros.“Eu fui corrido do Hospital das Caldas, mas se este projecto for para a frente acho que valeu a pena”, relembra.Quanto a reuniões já falou com os presidentes de Câmaras de Alcobaça, Peniche e Caldas da Rainha, tendo marcado uma reunião com o autarca de Óbidos, mas até à data nunca foi recebido.“Fui ao Ministério da Saúde cerca de 12 vezes, umas falando com o Ministro outras falando com assessores. Há CCDR-LVT fui cerca de meia dúzia de vezes e há CCDR do Centro já lá fui uma vez. ARS também já lá fui uma meia dúzia de vezes”, disse, mostrando que também já se deslocou à sede da Região de Turismo do Oeste para falar com António Carneiro.“À Assembleia Municipal de Caldas, fui umas seis vezes e à de Alcobaça, como sou eleito por inerência estou sempre presente, apesar de ter falado apenas do projecto uma vez. O meu objectivo número um para ser candidato à Assembleia Municipal de Alcobaça, foi defender este projecto”, declarou.“Escrevi à Comunidade do Oeste e a resposta foi zero. Escrevi à Associação de Municípios do Oeste a pedir entrevistas e a resposta é zero, em três anos. É impensável que uma pessoa não receba um cidadão. Podem não gostar da ideia, mas pelo menos deve receber”, destaca.No Hospital Oeste Norte, José Marques gostava de ter duas salas ou dois serviços com os nomes do Dr. Ernesto Moreira e do Dr. Bandeira Duarte e para si, “um local para deixar lá os papéis todos que tenho sobre isto”.Euromilhões para ter o Hospital Oeste Norte“Tenho um boletim do euro milhões na Benedita onde todas as semanas jogo com dois euros para ver se ganho e assim posso construir o Hospital”, ironiza, destacando a ajuda de um empresário da Benedita e a loja onde regista o boletim todas as semanas.A meta inicial para inaugurar o Hospital, já passou de 2006, para 2008 e agora ainda se mantêm em 2010. “Eu esperava que 2007 fosse o ano da decisão, mas como o projecto está já agarrado ao PROT do Oeste, e este atrasou-se, já que o documento era para estar pronto em Setembro, mas prolongaram o prazo até 8 de Fevereiro, vamos aguardar”, disse.José Marques sabe que o projecto do Hospital Oeste Norte “pode ser candidato a Fundos Comunitários, com apoios até 85% se continuar no PROT do Oeste. O empurrão que o Ministro deu, vai garantir que o Hospital Oeste Norte fique definitivamente no PROT”, espera.O facto do aeroporto ficar ou não na Ota, “não inviabiliza o projecto”, assegura José Marques que sustenta o projecto com base “no grande investimento turístico do Oeste”. Sem Hospital mas com pedidos de empregoJosé Marques Serralheiro contou ao JORNAL das CALDAS que nunca esteve para desistir do projecto, mas assume que muitas vezes “estive no alto da duna, mas depois descemos por ai abaixo. Sei que este Hospital vai existir, não é tão rápido quanto eu queria”.Uma das pessoas que o incentivou, foi mesmo o presidente da Câmara das Caldas, numa altura em que lhe disse que queria “um Hospital de excelência Europeia, depois de eu lhe ter dito que tinha escrito ao arquitecto Siza Vieira, para estudar o projecto”. Sobre essa escolha, José Marques recorda que o arquitecto “está actualmente a trabalhar na zona”, além de “ter uma casa na Foz do Arelho”.Das muitas coisas que já fez para publicitar o Hospital Oeste Norte, José Marques tem um carimbo, calendários, azulejos, t-shirts, réguas, um Hino, uma bandeira, uma medalha e até um endereço electrónico que curiosamente já recebeu propostas de trabalho.“Já estou a receber candidaturas de enfermeiros, radiologistas que querem emprego no Hospital Oeste Norte”, sorri. Por último José Marques confessou que “o Ministro da Saúde já me disse que enquanto eu não lhe der o Hospital nunca mais o largo. Houve até um dia que lhe dei uma bandeira e que ele disse que se a levasse para a reunião do Conselho de Ministros, que era morto”, contou. O mentor desta ideia explicou ainda que para poder falar com o ministro da saúde precisa de estar à porta do ministério antes das oito da manhã, “porque ele entra muito cedo”, acrescentando que neste Natal “dei-lhe um postal onde pedia um Hospital no sapatinho”.

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