PS refere que novos custos são metade do valor total da obraDavid Mariano Perto de meio milhão de euros (mais propriamente 495 mil euros) foi quanto custou uma série de trabalhos imprevistos à Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) realizados na Praça 25 de Abril (conhecida como Rossio), após a mais recente requalificação urbana em torno do Mosteiro de Santa Maria. O Município e o consórcio Costa e Carvalho/Edifer chegaram assim a acordo, através de uma entidade reguladora, quanto ao valor a pagar pelo conjunto de obras imprevistas realizadas nesta parte da cidade.
A quantia acabou por ser aprovada na Reunião de Câmara do início da semana passada, dia 17 de Dezembro, com os votos favoráveis do PSD e da CDU, face à contestação do PS que encontrou nesta verba mais uma grave derrapagem financeira nas conta públicas da autarquia. Para Daniel Adrião, vereador socialista na oposição, este novo valor representa metade do valor total da obra de requalificação e acusa o líder do executivo de reagir mal às suas criticas, com recurso nomeadamente ao insulto.Pelo contrário, o Presidente da CMA, Gonçalves Sapinho, não vê razões para encarar este pagamento como um problema, justificando o acerto financeiro com a importância do resultado obtido com a nova zona envolvente ao monumento histórico, votado como uma das Sete Maravilhas de Portugal e considerado Património da Humanidade pela UNESCO. Apesar de no passado ter criticado publicamente vários pormenores do projecto de requalificação da zona envolvente ao Mosteiro, Rogério Raimundo, vereador da CDU, não vê também neste momento outra saída senão saldar a dívida dos trabalhos imprevistos ao respectivo empreiteiro. Segundo o próprio, e em declarações a uma rádio local, não existe responsabilidade da parte do empreiteiro pelas paragens e mudanças de planos ocorridas, aspectos pelos quais deve ser ressarcido. Várias razões foram apontadas para o acréscimo de custos financeiros com o projecto, entre os quais achados arqueológicos e diversos pormenores do terreiro que obrigaram o arquitecto Gonçalo Byrne, autor do plano arquitectónico, a algumas alterações no processo inicial da obra (e cujos custos foram apresentados pelo empreiteiro). O valor de 495 mil euros terá ainda de ser aprovado pela Assembleia Municipal de Alcobaça e deverá passar pelo Conselho de Ministros, já que obteve financiamento do Estado e dos Fundos Comunitários.
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