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Nazaré lança recifes artificiais

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Jorge Barroso Com aprovação unânime do executivo O projecto de instalação de recifes artificiais ao longo da costa da Nazaré depois de alguns anos de indefinição parece agora ter ganho um novo alento António Paulo A Câmara Municipal da Nazaré (CMN) aprovou, por unanimidade, na reunião da passada segunda-feira a abertura de procedimentos para o […]
Nazaré lança recifes artificiais

Jorge Barroso

Com aprovação unânime do executivo

O projecto de instalação de recifes artificiais ao longo da costa da Nazaré depois de alguns anos de indefinição parece agora ter ganho um novo alento

António Paulo

A Câmara Municipal da Nazaré (CMN) aprovou, por unanimidade, na reunião da passada segunda-feira a abertura de procedimentos para o lançamento do concurso público para a colocação de recifes artificiais ao largo da sua costa, um projecto que em termos de investimentos rondará cerca de um milhão de euros. Em ofício enviado à Direcção Geral de Pescas e Aquicultura, o município da Nazaré manifesta a intenção de dar início aos procedimentos para a abertura de concurso público, visando a implantação de recifes artificiais na costa entre a Praia do Sul e o Salgado.

A execução do projecto fica, contudo, condicionada à aprovação da respectiva candidatura aos fundos comunitários. Um aspecto que, segundo o presidente da CMN, “não inviabiliza a abertura do concurso”, que terá como salvaguarda o facto de “só passar para a fase de adjudicação após aprovação da candidatura pelo Quadro de Referência de Estratégia Nacional”. De acordo com o autarca,”este procedimento é da maior importância, a fim de ser possível calendarizar as acções posteriores, nomeadamente a colocação dos recifes no fundo do mar, que só pode ser realizada no períodos de maior acalmia – entre o início da Primavera e Julho”. Jorge Barroso considera que, “se o processo correr dentro dos prazos normais e sem sobressaltos”, e aprovada a candidatura, será possível começar a colocar as estruturas recifais no mar da Nazaré na próxima Primavera. A implantação de recifes artificiais ao largo da Nazaré, surge enquadrado no projecto-âncora da autarquia designado “Viver o Mar”, está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR) e com o Instituto Politécnico de Leiria. Afirmando-se determinada em revitalizar o sector da pesca local e em adoptar estratégias de gestão sustentável dos recursos pesqueiros, a CMN promoveu os necessários estudos, que concluíram pela viabilidade do projecto de implantação de recifes artificiais. Paralelamente, a experiência do IPIMAR nesta matéria sustenta que a colocação de módulos recifais artificiais permite o aumento da produção biológica, a diversificação das espécies e a criação de abrigo para os juvenis. De acordo com o projecto, as estruturas serão colocadas na plataforma continental adjacente à Nazaré, entre a foz do rio Alcoa e o norte da Praia do Salgado, a uma profundidade situada entre os 20 e os 23 metros, num conjunto recifal composto por grupos de 40 peças, afastados entre si por cerca de 300 metros. Qualidade em vez de quantidade Este é um projecto que a autarquia nazarena vem trabalhando desde há alguns anos e que depois de algum impasse e pouca visibilidade no seu desenvolvimento aparentemente ganhou agora um novo impulso no caminho da sua concretização, tanto mais que Jorge Barroso mostra-se optimista quanto à sua aprovação e co-financiamento pelo QREN e pela Administração Central, através do Plano de Investimentos e Despesas da Administração Central. De acordo com o autarca a implantação dos recifes artificiais não resolverá os problemas da escassez de recursos ao largo da costa nazarena, mas potenciará uma mudança de mentalidades dos homens do mar, permitindo-lhes enveredar pelo desenvolvimento de actividades ligadas à pesca e ao mar mas de valor acrescentado, como sejam, entre outros, o caso da participação de turistas na faina propriamente dita. “Esta alteração de mentalidades, acompanhada de alterações ao actual sistema de comercialização, fará com que se privilegie a qualidade em vez da quantidade, acabando com o erro de pescar e depois deitar peixe ao mar, porque o seu valor em lota é nulo”, sublinha o autarca. Para contribuir para o atingir desse objectivo, Jorge Barroso defende uma visita da comunidade piscatória nazarena ao Algarve, mais concretamente a Olhão, onde já se encontram implantados recifes artificiais, para que se possa “aprender” com os pescadores locais os ensinamentos recolhidos por estes ao longo da existência do complexo recifal, instalado como projecto-piloto naquele ponto da costa algarvia desde 1990.

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