Mário Cerol comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça
Aniversário dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça recheado de recados O sopro das velas de aniversário deu origem a vendaval de críticas e reparos que atingiu dirigentes associativos e políticos Mário Cerol, comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça recebeu os parabéns pelos 119 anos de existência da corporação retribuindo-os com um rol de críticas e recados dirigidos à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), à Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) e ao Governo Central.
À LPB Mário Cerol pediu que “lutasse mais pelos interesses das corporações, e se batesse menos, por tricas”. À CMA o comandante pediu que apoiasse a corporação – a quem solicita, com frequência, serviços -, pagando os cerca 18 mil euros que “deve há dois anos” e relativos a um protocolo de cooperação celebrado com as quatro corporações do concelho. A estas duas instituições e ao Governo Central, o comandante Cerol exigiu “respeito” e “maior consideração” pelo voluntariado, sublinhando, que mesmo sem grandes ajudas, os seus homens são treinados para responderem de modo eficaz a situações que possam colocar em risco pessoas e bens, sobretudo, os incêndios florestais. À “sua” fatia nas críticas formuladas por Mário Cerol, Luís Franco Pinto, chefe do gabinete do Governador Civil do Distrito de Leiria, respondeu que “uns mandam e outros obedecem”, contrapondo que “o Governo da República não pode aceitar que um comandante de bombeiros, os representantes da Liga ou das Federações de Bombeiros, definam a política nacional para o sector que, em democracia, cabe a quem foi eleito”. “Só a História dirá quem tomou as melhores medidas para o sector”, reforçou o representante do Governo nas cerimónias. Por seu lado, Rui Silva, vice-presidente da LBP, anunciou que estão em preparação vários documentos com o objectivo de defender os interesses do voluntariado e proporcionar uma melhoria da qualidade de vida aos bombeiros. Rui Silva aproveitou o momento para “desviar” as críticas feitas à LBP, apontando o dedo à proposta da “Lei de Bases da Protecção Civil e Bombeiros”, nomeadamente no que concerne à instituição da figura de “Comandante Operacional Municipal”, que o dirigente associativo confessou não saber para que servirá “já que um comandante só o é, se tiver alguém para comandar”, o que não será, segundo este, o caso de Alcobaça. Já Carlos Bonifácio, vice-presidente da CMA garantiu a “total colaboração” da autarquia com as quatro corporações do concelho, um “desafio” quase único no País. O autarca admitiu que, perante esta disponibilidade de colaboração, “nem sempre é fácil manter a regularidade nas ajudas financeiras”. Críticas feitas e rebatidas, entre as várias dificuldades com que se debatem, os Bombeiros Voluntários de Alcobaça estão neste momento sem poderem recorrer à auto-escada – tantas vezes solicitada para o corte de ramos de árvores – já que se encontra com o motor danificado, encontrando-se inoperacional. Para o comandante Mário Cerol esta é uma situação “grave” pois em caso de incêndio, por exemplo, no Mosteiro de Alcobaça, os bombeiros não poderão recorrer a este importante meio de socorro e de combate a incêndios.
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