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Jovens julgados por assaltos a bombas de gasolina Seis jovens, residentes nos concelhos da Nazaré e Alcobaça, com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, estão a ser julgados no Tribunal Judicial de Leiria, acusados pelo Ministério Público (MP) de assaltos a diversas bombas de gasolina no ano passado nos concelhos de Alcobaça, […]

Jovens julgados por assaltos a bombas de gasolina Seis jovens, residentes nos concelhos da Nazaré e Alcobaça, com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, estão a ser julgados no Tribunal Judicial de Leiria, acusados pelo Ministério Público (MP) de assaltos a diversas bombas de gasolina no ano passado nos concelhos de Alcobaça, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Caldas da Rainha, Óbidos e Lourinhã. Bruno Januário, Emanuel Graça, Orlando Pereira, Paulo Oliveira, Pedro Mateus e António Conde, estão acusados da co-autoria material de 2 crimes de subtracção de documento, 6 crimes de sequestro, 17 crimes de falsificação de documento e de 2 crimes de furto simples. O MP no seu despacho de pronúncia não imputa aos arguidos o crime de associação criminosa, mas acusa-os de se “organizarem” com o intuito de “levarem à prática diversos roubos, preferencialmente em postos de abastecimento de combustível, de forma a obterem quantias em dinheiro ou objectos que lhes interessavam. Na segunda sessão do julgamento, realizada na passada sexta-feira, foram ouvidos quatro dos seis arguidos – dois deles já tinham sido ouvidos numa primeira audiência -, tendo na generalidade, confirmado ao colectivo de juízes, presidido por Ana Paula Baptista, o cometimento os factos de que estão acusados.

Nesta audiência, Orlando Pereira, que se encontra em prisão preventiva, confirmou ter participado em vários assaltos em Alfeizerão e Pataias (Alcobaça), Embra (Marinha Grande), Maceira (Leiria), Caldas da Rainha, Óbidos e Lourinhã, confessando que o modo de actuação era o mesmo: ele próprio, juntamente com alguns dos outros arguidos, fazia-se deslocar numa viatura com matrícula falsa até às bombas de gasolina, onde abordava o funcionário com “uma pistola de alarme e de cara tapada”, exigindo-lhe dinheiro e o telemóvel, e fechando-o depois numa arrecadação daquele estabelecimento. Orlando Pereira assegurou ao Tribunal que os assaltos foram realizados com recurso “à mesma pistola de alarme e a uma arma branca”, rejeitando que, em cenário algum, tenham sido usadas armas de fogo ou cometidas agressões às vítimas. Quando interrogado pelo colectivo sobre as motivações que o levaram a fazer os assaltos, Orlando Pereira respondeu que, na altura, “estava desempregado e precisava de dinheiro” explicando ainda que montante furtado em cada assalto seria depois dividido entre os arguidos. “Brincadeira” e “estupidez” Por seu lado, Paulo Oliveira, segundo arguido a ser ouvido na sexta-feira e que se encontra sujeito à medida de coacção de prisão domiciliária, confirmou ter participado em apenas dois assaltos ocorridos durante os fins-de-semana, sublinhado ter participado nos furtos “por brincadeira”, assegurando que “não teria participado” se soubesse a forma como os crimes eram levados a cabo. O terceiro arguido a prestar depoimento foi Pedro Mateus, que também confirmou ao Tribunal ter estado envolvido em dois assaltos, tendo alegado em tribunal que o fez porque o “obrigaram”, justificando-se com o “ascendente” que os mais velhos sobre ele exerciam. Pedro Mateus, recorde-se, foi encontrado inanimado numa artéria de Caldas da Rainha, tendo permanecido em estado de coma durante cerca de um mês, na sequência de um acidente de viação, ocorrido em Abril de 2006 (ver “REGIÃO” nº 66), na companhia de Orlando Pereira e Emanuel Graça, quando se deslocavam num Peugeot 305, de matrícula falsa, nas imediações daquela cidade. Na ocasião, os primeiros indícios apontavam para uma agressão, mas as investigações a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária, acabaram por concluir que os ferimentos do jovem foram causados no acidente e mais tarde pela sua ligação ao grupo de assaltantes. O último arguido a prestar depoimento, António Conde, também confirmou ter participado em apenas dois assaltos, admitindo que o fez por “estupidez”, referindo ao Tribunal – tal como os restantes arguidos – mostrou arrependimento perante o colectivo, e manifestando a intenção de devolver o montante furtado aos lesados. Durante a manhã foram ainda ouvidas várias testemunhas de acusação arroladas no processo, nomeadamente, m inspector da Polícia Judiciária e alguns dos funcionários vítimas dos assaltos, com um deles, Sérgio Dias, funcionário do posto de abastecimento da “Galp” em Alfeizerão, a referir ao Tribunal que no decurso do assalto reconheceu o arguido Orlando Pereira, por “já ter trabalhado anteriormente com ele”, isto depois de lhe ter conseguido retirar a arma e a máscara. O julgamento prossegue no próximo dia 18 de Maio, com a audição de outras testemunhas, e previsivelmente, com a realização da fase de alegações finais, por parte do MP e dos advogados de defesa dos arguidos. AP

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