Reinaldo Silva mostrou publicamente os “desentendimentos” com Jorge Barroso e na maioria PSD
Reunião da Câmara da Nazaré marcada por forte agitação laranja O debate em torno do projecto da marina de recreio provocou um forte rombo na maioria PSD António Paulo “A partir de agora, serei apenas representante eleito por um partido para o executivo, já que depois de não haver concertação de posições no seio do PSD, também desde há muito tempo que não existe concertação de posições no interior da maioria na Câmara”. A declaração, ditada pelo vereador social-democrata Reinaldo Silva para a acta da reunião da Câmara Municipal da Nazaré da passada segunda-feira, constituiu um momento totalmente inesperado para os restantes seis membros do executivo, integrado pelos eleitos pelo PSD, PS e GCI, que não esboçaram qualquer reacção ou pedido de esclarecimento, sobre o que na realidade queria significar em termos políticos e institucionais a posição expressa pelo ex-presidente da Comissão Política Concelhia laranja. A tomada de posição de Reinaldo Silva assinalou de forma pública e notória o clima de “tensão” existente desde há algum tempo no seio da maioria relativa do PSD no executivo, particularmente, entre o presidente da autarquia, o independente eleito pelo PSD, Jorge Barroso, e o vice-presidente Reinaldo Silva, e que a espaços desde algum tempo já vinha transpirando para o exterior do edifício dos Paços do Concelho.
A gota de água que fez “transbordar o copo” das relações na maioria PSD foi a apresentação por parte de Jorge Barroso de uma proposta para apreciação e deliberação no sentido de dar mais um passo no desenvolvimento do projecto da marina de recreio. Barroso pretendia com a sua proposta obter “luz verde” para acolher os contactos de eventuais parceiros financeiros para o projecto enquanto propunha a criação de comissão de acompanhamento técnico por parte de elementos a designar pelo PSD, PS e CGI. Após a explanação da proposta de Jorge Barroso, foi a vez do socialista Vítor Esgaio “puxar” de um croqui do que poderá vir a ser a futura marina e a sua envolvente e a fazê-lo circular pelos seus pares, como uma proposta para reflexão e posterior debate. Acto contínuo e questionando os vereadores do GCI sobre se “também tinham alguma proposta para apresentar”, Reinaldo Silva, visivelmente agastado, apresentou a sua declaração, aparentemente manuscrita no momento, alegando “não poder ser representante do PSD na Câmara, quando no próprio partido não existe concertação, e quando na maioria da própria Câmara também se regista desde há muito tempo uma ausência de concertação”. Sem qualquer reacção ou tentativa de clarificação por parte dos restantes membros do executivo, o que resulta no imediato desta tomada de posição de Reinaldo Silva, é que este, apesar de filiado no PSD assume o estatuto de “independente”. Por esclarecer fica, contudo, a que nível se manterá a confiança política e institucional de Jorge Barroso em Reinaldo Silva, e sobretudo, por quanto tempo continuará a deter a gestão dos pelouros de Pessoal, Obras Públicas, Desporto e Acção Social, e inclusivamente, a exercer as funções vice-presidente da autarquia. O “REGIÃO” tentou obter respostas para estas interrogações junto do presidente da CMN, Jorge Barroso, mas não foi possível contactar o edil até ao fecho desta edição.
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