Tribunal da Nazaré volta a julgar mais um caso de trafico de estupefacientes
Adiado julgamento de sete presumíveis traficantes de droga na Nazaré Uma alegada rede de traficantes de heroína na região da Nazaré começará a ser julgada no início de Março António Paulo Um colectivo de juízes começará a julgar no Tribunal Judicial da Nazaré no próximo dia 5 de Março, 5 homens e duas mulheres, alegadamente envolvidos numa rede de tráfico de estupefacientes. O início do julgamento esteve agendado para o passado dia 7, mas por motivos de doença de um dos membros do colectivo de magistrados que irá apreciar o caso, a realização da primeira sessão acabou por ser adiada.
Dois dos arguidos, o casal Paulo e Aurora Reis, vendedores ambulantes e naturais de Coimbra, encontram-se detidos no Estabelecimento Prisional de Coimbra, sendo o homem acusado pelo Ministério Público de deter “o monopólio do comércio de heroína na região da Nazaré”, produto estupefaciente alegadamente proveniente de abastecimentos realizados em Lisboa, Porto e Coimbra. Para além do casal, estão acusados de alegada co-autoria material no cometimento desta actividade ilícita, os arguidos João Carapeto, Francisco Valnove, Rui Baptista, Francisco Ferreira e Alexandra Bento, sendo três deles naturais da Nazaré, e os dois restantes de Lisboa e de Leiria, encontrando-se todos sujeitos à medida de coacção de Termo de Identidade e Residência. Estes arguidos enfrentam a acusação de co-autoria material na forma consumada do crime de tráfico de estupefacientes de menor gravidade, enquanto que Paulo e Aurora Reis vão comparecer a julgamento acusados da autoria do crime de tráfico de estupefacientes de maior gravidade, na forma consumada. De acordo com a acusação, os factos remontam ao período compreendido entre Fevereiro de 2003 e Janeiro do ano seguinte, e terão tido início com o não regresso de uma saída precária de Paulo Reis ao Estabelecimento Prisional de Coimbra, onde na altura cumpria pena à ordem de um outro processo, no âmbito do qual havia sido condenado em 2001. Terá sido no período em que se encontrou em fuga às autoridades que Paulo Reis se terá alegadamente envolvido neste caso de tráfico. Até ser comercializada junto dos toxicodependentes, a heroína e alegadamente adquirida pelo casal Reis era posteriormente escondida num pinhal da zona da Nazaré, depois cortada e entregue a distribuidores locais. No decurso das investigações levadas a cabo pela PSP da Nazaré, em que os agentes procederam a várias dezenas de escutas telefónicas a contactos via telemóvel e acções de vigilância, foram efectuadas várias buscas domiciliárias, tendo sido apreendidas, para além de droga, uma balança de alta precisão e uma varinha mágica para preparar a mistura dos estupefacientes com produtos de corte.
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