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SAÚDE. SIM. SUBSISTÊNCIA

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Por Rogério RaimundoO Iº lado do triangular de hoje é tema Local. A Pediatria acabou no Hospital de Alcobaça. Argumenta-se que não havia pediatras que preenchessem o quadro. A onda que assolou maternidades, SAP’s e urgências, agora é de concentrar nos grandes hospitais. Em caso de dúvida, cada criança doente, faz dezenas de quilómetros para […]

Por Rogério RaimundoO Iº lado do triangular de hoje é tema Local. A Pediatria acabou no Hospital de Alcobaça. Argumenta-se que não havia pediatras que preenchessem o quadro. A onda que assolou maternidades, SAP’s e urgências, agora é de concentrar nos grandes hospitais. Em caso de dúvida, cada criança doente, faz dezenas de quilómetros para tratar de outros tantos actos médicos que poderiam ter solução em Alcobaça. Estamos a perder saúde! Estamos a perder qualidade de vida! Estamos a perder meios, na família, com as despesas de viagens para as urgências saturadíssimas do Hospital de St. André de Leiria! Um morador na Martingança ou em Ninho d’ Águia viaja para Alcobaça, depois para Leiria e vai, menos vezes, até Coimbra! Os doentes andam numa roda-viva, com muita quilometragem até chegar à observação de um clínico e/ou de um enfermeiro. Quanto à humanização do atendimento hospitalar, vamos tendo cada vez menos. Alcobaça e Nazaré têm uma população significativa, que ronda os 80 mil. Com as praias, monumentos, belezas ímpares, temos muitos milhares de visitantes nos fins-de-semana e, extraordinariamente, muitos mais no Verão. Não podemos continuar a perder valências, especialidades, nomeadamente, com as respostas qualificadas às nossas crianças! A luta conjunta pela saúde pública, das estruturas e da população, do binómio Alcobaça e Nazaré, é decisiva!

IIº. Nacional. Está na hora do SIM. É já no domingo 11! Atenção, homens: não é só para a mulher! Quem estiver minimamente atento sabe que é preciso acabar, na lei, com o crime: com a penalização da mulher que decide interromper voluntariamente uma gravidez indesejada, até às 10 semanas. Temos de acabar com esta ameaça de julgamento e prisão para as mulheres. Também é uma questão de saúde pública o acabar com um mar imenso de vergonhas e de desgraças resultantes das sequelas do aborto clandestino. Votar SIM é apenas uma etapa do que urge fazer. Tudo o mais, que para nós é essencial, (há 8 anos, tantos prometeram mudar…), também urge passar à prática: sensibilizar e informar para acabar com o aborto clandestino, mais e melhor informação médica e psicológica, educação sexual para todos, fomentar a maternidade consciente e desejada, ajudar na educação, no planeamento familiar, na educação parental… Sem esquecer as políticas que levam a melhores condições económicas para as famílias… É sempre bom lembrar o silêncio, ensurdecedor, de muitos promotores (as) de movimentos do Não, com destaque para o então ministro Bagão Félix, quando retiraram direitos em defesa da maternidade e do direito universal do abono, no famigerado Código Laboral. Também não podemos ignorar que há um conjunto de acções que temos de ampliar. Por exemplo as respostas ao combate dos problemas gravíssimos do alcoolismo e da toxicodependência, como doenças, que o S. N. de Saúde tem de tratar, com muito mais investimento e eficácia. São duas doenças que, per si, envolvem centenas de milhares de portugueses e que se reflectem, diariamente, na saúde das famílias e nestas histórias duríssimas, da IVG e do aborto clandestino. Há muito que defendo a criação de mais “Bombeiros Sociais” que tratem da prevenção e que actuem na emergência social, provocando com a sua acção, na proximidade, o reduzir drasticamente, de casos de violência doméstica, de práticas repressivas e do mau relacionamento dos casais…Após votarmos SIM, a luta continua pela dignificação da mulher e do homem, como protagonistas permanentes, pela qualidade de vida!IIIº. Europa. A subsistência duma agricultura familiar devia ser um vector estratégico para a Comunidade Europeia, para Portugal e, particularmente, para a nossa região. Queremos implementar o turismo mas não queremos que se perca a possibilidade de termos as nossas frutas, legumes, batatas, produzidas nos magníficos solos., de diferentes microclimas, que temos na nossa região. O PCP atento à causa dos pequenos e médios agricultores, em defesa do meio rural e das explorações agrícolas familiares, criticou, recentemente, a proposta da Comissão Europeia de reforma da Organização do Comércio Mundial das Frutas e Hortícolas. A proposta irá destruir o importante subsector do tomate industrial e não responde aos produtores portugueses da batata. Todas as frutas e legumes, resultantes das pequenas produções, vão sofrer de novo… A Europa capitalista, onde nos vão vendendo a identidade, não pensa nos que produzem pouco e em qualidade, só pensa nos grandes da produção e da comercialização… Nós queremos uma Comunidade dos Povos com pequenos e médios agricultores, que possam viver dos rendimentos das suas explorações agrícolas. Agricultores de Alcobaça e Nazaré organizem-se! Estejam atentos: resistir, para subsistir e para merecerem uma vida digna!!!

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