O investigador Amílcar Falcão foi galardoado com prémio internacionalInvestigador natural da Nazaré galardoado Amílcar Falcão foi distinguido pelas suas investigações em torno do cancro do ovárioO investigador e farmacêutico da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, natural da Nazaré, foi galardoado no passado dia 25 de Setembro com o prémio internacional “Eminent Scientist of the Year”, da organização não governamental “International Research Promotion Council (IRPC)”, que distinguiu a sua carreira académica e um artigo publicado recentemente sobre um marcador tumoral associado ao cancro do ovário. Amílcar Falcão foi nomeado pelo artigo publicado em 2005, na revista “Gynecology Oncology”, no qual apresenta um novo parâmetro de interpretação do marcador tumoral do cancro do ovário “CA-125”.
Os estudos do professor da Faculdade de Farmácia da UC “permitiram obter resultados muito animadores relativamente à expectativa de sobrevida das doentes com este cancro e à detecção mais precoce de eventuais recidivas”, sublinhou, na sessão de entrega do prémio, a directora do Laboratório de Farmacologia da instituição, Margarida Caramona. “Esta nova aproximação à interpretação do “CA-125” enquanto marcador tumoral, permite uma utilização mais eficaz ao nível do prognóstico da doença e do seu seguimento, podendo funcionar como uma ferramenta importante nos ensaios destinados ao desenvolvimento de novos agentes quimioterapêuticos”, salientou, na sua intervenção, a directora do Laboratório de Farmacologia. Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia na Reitoria da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão explicou que, com este novo parâmetro de análise (CA-125AUC), o prazo para detectar metástases do cancro do ovário aumentou de 60 para 180 dias, permitindo um melhor acompanhamento da doença e da evolução do tratamento. Associado ao cancro do ovário, o marcador tumoral “CA-125” é “pouco fiável” na detecção precoce da doença, mas “tem demonstrado a sua utilidade no acompanhamento da evolução do tratamento, não obstante as dificuldades associadas à sua interpretação e consequente utilidade clínica”, que o novo parâmetro derivado desenvolvido pelo farmacêutico da UC permite agora mitigar, de acordo com numa nota sobre o prémio. O prémio do IRPC, uma organização que nasceu no Reino Unido e que tem estruturas em todos os continentes, é atribuído anualmente a 10/12 cientistas na área “Ciência e Medicina”. Fundamenta-se numa avaliação curricular do percurso académico dos nomeados, que, ao serem galardoados, passam a integrar o “Academic Council of Eminent Scientists” e o “Scientific Advisory Board of the Scientific Journals”, do IRPC.Natural da Nazaré, onde nasceu a 22 de Maio de 1964, Amílcar Falcão licenciou-se e doutorou-se na Faculdade de Farmácia de Coimbra, na especialidade de farmacologia. Actualmente, desenvolve investigação nos domínios da oncologia, pediatria e neonatologia e epilepsia. Autor e co-autor de mais de 180 comunicações orais em eventos nacionais e internacionais e de mais de 140 artigos em revistas cientificas, é consultor dos “Laboratórios Bial” e integra diversas associações científicas. Em Portugal fora já distinguido com o Prémio Sociedade Farmacêutica Lusitana 1988/89, Prémio Ordem dos Farmacêuticos 2001, 1.º Prémio da Sociedade Portuguesa de Pediatria 1997 e 2.º e 3.º prémios da Liga Portuguesa contra a Epilepsia 2001, repetindo este mesmo 2.º lugar em 2002.
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