Rogério RaimundoVereador na Câmara Municipal de Alcobaça eleito pela CDU.ITriangulando no Pessoal. Escolhi este título das crónicas, neste magnífico jornal regional, porque há uma maneira de estar, na vida pessoal, no trabalho e na política, que me leva muitas vezes ao triângulo. Para cada problema, vou apreciando os 3 lados principais, os 3 vértices que dão outra perspectiva do problema e os 3 ângulos que dão as dimensões que se destacam… Há muito que aprendi, que precisamos de um triângulo dinâmico, a funcionar e a interagir muito bem: Trabalho, Amor e Sabedoria. Quando uma destas frentes falha, entramos em desequilíbrio, estamos, com certeza, menos felizes. Precisamos de um trabalho que nos faça sentir útil à sociedade e que nos permita o salário para toda a panóplia de necessidades que cada um transporta.
No amor e na amizade, nas questões afectivas, nos relacionamentos, é vital a harmonia para estarmos bem connosco e com quem lida com a nossa filosofia de vida. Depois precisamos de ir aprendendo, lendo, estudando, discutindo ideias e saberes, sempre, para irmos melhorando as nossas prestações, para atingirmos a “comezinha”: felicidade.IITriangular é preciso na Política. Na actividade, que queremos a mais nobre função, de serviço público, de espírito e prática de missão, que deve servir o cidadão, há outra triangulação que precisamos de utilizar, nas decisões que tomamos. Temos que pensar cada problema concreto, em cada necessidade que urge resolver, em cada projecto que sirva os interesses colectivos de uma comunidade, na acção política mais pequena ou na que tem maior dimensão, pelos três lados estruturantes: Ambiental, Social e Económico. Se não houver o equilíbrio, deste triângulo, a decisão política falha! Temos que ser amigos do ambiente, preocupados em contemplar o interesse das pessoas e procurando as soluções de proximidade que geram sustentabilidade económica no futuro. Precisamos, cada vez mais, de Política, Políticos e Projectos com este triangular.IIITriangulando na Favante. Estou cheio, enriquecido, com a Festa do Avante que decorreu neste fim-de-semana. Qual é o triângulo dinâmico, o segredo do sucesso, desta iniciativa do meu partido. Nos lados podemos colocar: Festa, Convívio e Encontro. Naquele espaço da Quinta da Atalaia, temos uma animação diferente em cada cantinho. Convivemos abertamente e fraternalmente jovens, adultos e crianças. Reencontramos amigos de todo o País. Nos vértices colocamos o timbre dos comunistas: Voluntários, Criativos e Militantes. Quantas horas dadas para que o espaço fique agradável e belo. Em cada ano há novas soluções e a quinta é recriada perante a beleza natural da baía do Seixal e pela transposição de imagens e produtos dos diferentes concelhos do País. Nos ângulos: Política, Espectáculo e Cultura. Temos exposições de grande qualidade e intervenções políticas em debates e no grande comício. A música, a expressão plástica, o livro, o disco, a dança, o teatro, o desporto e o cantar de artistas de grande qualidade e diferentes formas de expressão cultural. Os cheiros e os sabores também estão desde a Madeira a Trás-os-Montes. Inscreva no seu calendário anual a Festa do Avante. Lá, pratica-se Zé Afonso: “O que faz falta: é animar a malta!!!”
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