Q

Previsão do tempo

20° C
  • Sunday 21° C
  • Monday 23° C
  • Tuesday 19° C
20° C
  • Sunday 22° C
  • Monday 25° C
  • Tuesday 19° C
20° C
  • Sunday 21° C
  • Monday 24° C
  • Tuesday 19° C

“Foram passear os cheques ao banco”

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
André Flores, um dos arguidos no processo de alegada burla ao Metropolitano de LisboaJulgamento dos alegados autores da tentativa de burla ao Metro prosseguiu em AlcobaçaNa última sessão foram ouvidas testemunhas de acusação com a defesa a colocar em causa a investigaçãoAntónio Paulo Prosseguiu na passada segunda-feira no Tribunal de Alcobaça, julgamento de uma alegada […]

André Flores, um dos arguidos no processo de alegada burla ao Metropolitano de LisboaJulgamento dos alegados autores da tentativa de burla ao Metro prosseguiu em AlcobaçaNa última sessão foram ouvidas testemunhas de acusação com a defesa a colocar em causa a investigaçãoAntónio Paulo Prosseguiu na passada segunda-feira no Tribunal de Alcobaça, julgamento de uma alegada rede de falsificadores de cheques, que terão urdido um plano para tentar desviar da empresa Metropolitano de Lisboa cerca de 10 milhões de euros. André Flores, vendedor ambulante, já anteriormente referenciado pelas autoridades por burla, e Cristiano Magalhães, funcionário do departamento de cartões do BCP, são tidos como os mentores da alegada burla, numa rede também integrada por Rui Pinto, Joaquim Pavoeiro, António Bento e Joaquim Fernandes – residentes respectivamente em Moleanos, Vimeiro e Famalicão da Nazaré -, a quem caberia a disponibilização das contas bancárias para movimentação do dinheiro conseguido ilicitamente.

A sessão da passada segunda-feira do julgamento foi preenchida integralmente com a audição das testemunhas arroladas pela acusação, cinco agentes da Polícia Judiciária que participaram nas investigações depuseram ao longo do dia, tendo descrito ao colectivo de juízes, presidido por Judite Pires, as diligências efectuadas e os factos apurados. E foi precisamente no modo de actuar dos investigadores, que a defesa dos seis arguidos assentou as “baterias” questionando porque é que não foi permitido o depósito dos cheques “para levar a investigação o mais longe possível”, ou se, efectivamente, “foi cometido o crime de movimentar os cheques”. Tentativas de desvalorizar os resultados conseguidos pelos investigadores e a eficácia das suas diligências, e também de aliviar o peso dos factos imputados aos arguidos, que levaram mesmo, o juiz Adelino Crua a comentar que “pois, os senhores investigadores, deveriam ter deixado depositar os cheques, deixar fazer as transferências e ir atrás do dinheiro até uma qualquer off-shore…”. Também a juíza Judite Pires, perante a insistência da defesa dos arguidos em vincar a tese de que não houve crime porque não ter ocorrido o depósito dos cheques, não se conteve, afirmando que “pois…foram passear os cheques ao banco”.Colaboração e relações perigosasOs investigadores deram conta das dificuldades de avançarem muito mais nas investigações, tanto mais que os seis arguidos “no seu modo de actuar se dividiram em dois grupos: o de Alcobaça e do Barreiro”. Joaquim Pavoeiro, Joaquim Fernandes e António Bento, constituiriam o “grupo de Alcobaça”, enquanto que André Flores, Cristiano Magalhães e Rui Pinto, integrariam o “grupo do Barreiro”, assumindo António Bento, o papel de “intermediário”. Os investigadores baseiam as suas conclusões em documentação apreendida, nas informações e justificações dadas por cada um dos arguidos, tendo realçado o “papel extremamente colaborador” de Cristiano Magalhães, mas sublinhando que “de um momento para o outro essa colaboração acabou”. Foram igualmente ouvidos dois irmãos empresários do ramo das confecções, estabelecidos em Pataias, e que chegaram a manter relações comerciais com André Flores e António Bento. Os irmãos Vítor e Sérgio Ribeiro, chegaram numa fase inicial do processo a serem constituídos como arguidos, mas chegaram a Tribunal na condição de testemunhas de acusação. De Vítor Ribeiro escutaram-se queixas de que André Flores lhe deve “cerca de 35 mil euros há dois ou três anos” por compra de lotes de vestuário “pagos com cheques sem provisão”. O representante do Ministério Público quis saber porque é que a testemunha “não apresentou queixa crime ou cível” pelos cheques sem provisão, e porque é que por algumas vezes emprestou dinheiro ao arguido Flores. Vítor Ribeiro justificou-se com o custo de acção na justiça e com a sucessiva esperança de receber o dinheiro, dizendo ter acreditado “nas sucessivas promessas” de André Flores. Confirmando ter comparecido a várias “reuniões” com André Flores e outros elementos de etnia cigana, a testemunha disse ao Tribunal que por uma vez Flores “lhe pediu cinco mil euros com a ameaça de fazer com que um preso o envolveria num assunto qualquer”. Questionado pela juíza Judite Pires se se sentia “ameaçado”, Vítor Ribeiro limitou-se a responder andar “sempre com medo”, mas que “ninguém o tinha intimidado”. O julgamento prossegue na manhã do próximo dia 13 com a audição de mais testemunhas de acusação e de defesa, prevendo-se que o julgamento se prolongue pelo menos por mais uma sessão, no decurso da qual terão lugar as alegações finais.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

“Os Nazarenos” um século de vida. 100 Anos de muitas histórias

Atualidade: 0 GDN está de parabéns, 3 de Setembro de 1924 a 3 de Setembro de 2024. Nesta data, nascia o Grupo Desportivo "Os Nazarenos". Um clube com uma mística única, de uma raça e querer que sempre foi o ADN dos habitantes desta vila piscatória. Reza a história...

O Velhinho mitico e extinto campo Pelado. FOTO DR

Primeiras colheitas de Maçã de Alcobaça indicam quebra de 30%

As primeiras colheitas de Maçã de Alcobaça indicam menos 30% de produção do que num ano normal – algo que o presidente da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, associa às alterações climáticas. Goradas as expectativas de recuperação das quantidades perdidas...

macas