Alcina Matos mostra-se confiante na criação do Rotary Clube da NazaréRotary Clube da Nazaré encontra-se em fase de gestação Com apadrinhamento do Rotary Clube de Alcobaça a comunidade nazarena está a ser desafiada a “dar de si antes de pensar em si”António Paulo“Dos contactos que mantive, estou convicta que o Rotary Clube da Nazaré será, efectivamente, uma realidade no futuro muito próximo”. A convicção foi manifestada ao REGIÃO por Alcina Matos, presidente do Rotary Clube de Alcobaça, que tem vindo a desenvolver contactos junto de “profissionais e homens de negócios da Nazaré”, tendentes ao “nascimento” de mais uma estrutura “deste movimento de serviços à comunidade, seja ela local ou internacional”. “Um movimento formado por profissionais, que não tem fins lucrativos, é apolítico e não religioso, que trabalha em rede em prol da comunidade”, sublinha Alcina Matos.

Sem querer avançar de momento com nomes de nazarenos que já se tenham disponibilizado para integrarem o movimento que leve à criação do Rotary Club da Nazaré, Alcina Matos, refere que “foram feito alguns contactos e a ideia foi muito bem acolhida, mas agora, terão de ser esses contactados a movimentarem-se e a cooptarem outros elementos de entre a comunidade local”. “Não seria correcto, e seria até abusivo, o Rotary Clube de Alcobaça intervir directamente no processo de constituição do movimento, que repito, estou convicta, dará origem ao Rotary Clube da Nazaré”, reforça Alcina Matos, acrescentando que “depois de feitos os primeiros contactos, nós só poderemos acompanhar e apoiar com a nossa experiência, sobretudo, no aspecto organizativo, o nascimento do novo clube rotário nazareno, que passará então a acompanhar as localidades vizinhas de Marinha Grande e Caldas da Rainha, para além, naturalmente, de Alcobaça”. Iniciativas, por exemplo, nas áreas da saúde, educação e da solidariedade social, são entre outras, acções que um futuro Rotary Club da Nazaré poderá dinamizar, “para acorrer a eventuais necessidades da comunidade nazarena”, salienta Alcina Matos, uma rotária de “treze anos de idade”.Um século de solidariedade O movimento rotário (www.rotary.org) foi fundado em Chicago em 23 de Fevereiro de 1905 pelo advogado Paul Harris e no final de um século de existência, possui 1,2 milhões de rotários, sócios de cerca de 31 mil clubes rotários criados em 165 países, estando prestes a surgirem novas delegações na China e em Cuba. Os clubes rotários estão agrupados em 529 distritos, cada qual liderado por um governador que, em conjunto com os governadores assistentes e várias comissões formam a liderança distrital, que apoia os clubes rotários existentes em cada distrito rotário. No caso de Portugal, o movimento foi criado em Lisboa a 23 de Janeiro de 1926 (www.rotary.pt), sendo actualmente composto por dois distritos: o 1960 a sul da Nazaré numa linha imaginária que se estende até Castelo Branco, integrando as Regiões Autónomas da Madeira e Açores, e o 1970, que se estende para norte da linha Nazaré/Castelo Branco. A erradicação a nível mundial da poliomielite, programas dedicados à cegueira evitável, e combate à fome e de alfabetização, assim como, a criação de um movimento de pressão e sensibilização junto dos países produtores de minas anti-pessoais para incorporarem mecanismo de auto-neutralização, são algumas das acções desenvolvidas pelo movimento rotário mundial, com resultados assinaláveis.O ano rotário não coincide com o ano civil, decorrendo entre 1 de Julho e 30 de Junho, e o que está prestes a findar, foi subordinado ao lema “dar de si antes de pensar em si”, e do próximo ano será o de “Mostrar o caminho”. “Para o próximo será esta a orientação para todo o movimento rotário, que por outras palavras, será o de dar uma expressão prática ao conhecido provérbio chinês que aponta para o dar uma cana e ensinar a pescar, em vez de dar o peixe”, explica Alcina Matos.