Dina Serrenho mostra-se preocupada com intenções da administração dos CTTEm luta pela manutenção dos direitos do contrato colectivo de trabalhoDescontentamento com administração dos CTT leva a greve geral na empresa no próximo dia 28 António PauloOs carteiros dos CTT da Nazaré não saíram para a entrega de correspondência na manhã da passada sexta-feira, já que estiveram a participar num plenário de trabalhadores, durante o qual, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Correios e Telecomunicações (SNTCT), efectuou o ponto da situação relativamente à negociação da contratação colectiva para a administração da empresa.

De acordo com a delegada sindical, Dina Serrenho, “os trabalhadores dos correios estão confrontados com a gravíssima situação de terem pela frente uma administração que pretende colocar em causa o sub-sistema de saúde existente na empresa e acabar com muitos dos direitos conquistados pelos trabalhadores da empresa, consagrados na contratação colectiva que se encontra em vigor desde 1981, a qual, sucessivamente, ao longo de todos estes anos tem vindo a ser melhorada”.O plenário dos carteiros dos CTT da Nazaré levou a algumas perturbações na distribuição do correio ao domicílio, sobretudo no período da manhã, já que durante a tarde os trabalhadores saíram para a rua afim de procederem à entrega de correio azul e correspondência prioritária. Dina Serrenho adiantou ao REGIÃO que em breve decorrerá igualmente na Nazaré, uma reunião com os trabalhadores do sector de atendimento ao público “que muito provavelmente levará ao encerramento temporário da estação”, acreditando que “a greve geral do próximo dia 28 e a manifestação agendada para Lisboa contem com uma adesão maciça dos trabalhadores dos CTT, tendo em conta as sentidas e justíssimas reacções de indignação e de revolta, expressas por todos os trabalhadores com quem temos vindo a reunir, um pouco por todo o distrito de Leiria”. Para o dia de ontem – terça-feira – o SNTCT tinha agendada a realização de um plenário de trabalhadores dos CTT em Alcobaça, também com o objectivo de “esclarecer e mobilizar os trabalhadores para as duras lutas que se avizinham”, como, sublinhou Dina Serrenho. A administração dos CTT, liderada por Luís Nazaré, quer negociar com os sindicalistas e para um conjunto de cerca de 14 mil trabalhadores, um novo contrato colectivo de trabalho, que “garanta maior flexibilidade, mobilidade e polivalência”.