A bancada dos Independentes foi acusada de querer “boicotar” obrasÚltima reunião de câmara discute “Trabalhos a mais” na obra da biblioteca municipalAs obras da futura biblioteca da Nazaré geram discussão acesa na última reunião camarária do executivoLiliana JoãoA última reunião do executivo camarário da Nazaré foi marcada pela acesa discussão entre Jorge Barroso, presidente da Câmara Municipal da Nazaré e os dois representantes do grupo de independentes, António Trindade e Ivone Carreira.
A discussão decorreu durante a apreciação do quinto ponto da ordem de trabalhos, referente a verbas extra, apontadas em cerca de 14 por cento, a atribuir aos “Trabalhos a mais e a mais de Natureza Imprevista” na obra da futura biblioteca municipal, entregue à Firma Lajemar, Sociedade de Construção, Lda. Segundo Jorge Barroso são necessários cerca de 300 mil euros para “erros” na obra, previstos no Caderno de Encargos. Um dos “erros”, e para o qual será destinado parte da verba “extra”, é um parque de estacionamento que não estava previsto no projecto inicial.António Trindade acredita que “estes erros não devem ser pagos pela Câmara mas sim pelo seu responsável”, uma opinião partilhada por Vítor Esgaio, vereador do PS, que diz que “é preciso responsabilizar o mediador orçamentista, que na altura orçamentou o projecto, e não deve ser a Câmara a arcar com as responsabilidades”. “Todos as obras têm os seus erros”, referiu Jorge Barroso, “e acredito que estes 14 por cento não são tão significativos para que este assunto tenha uma grande dimensão”. No entanto, o presidente da Câmara Municipal da Nazaré pediu ao engenheiro João Santos, que explicou que “os erros e omissões descritas foram detectados depois da obra ter sido adjudicada”, uma informação detalhada para a próxima reunião camarária, contendo todos os pormenores sobre a situação. O ponto em discussão foi aprovado com cinco votos a favor e dois contra dos vereadores do grupo de Independentes, que em declaração de voto, justificou os seus votos contra. “Durante esta discussão não foi esclarecida a responsabilidade técnica e politica dos erros”. Este foi um dos argumentos apresentados pelos Independentes que teve como consequência uma declaração de voto do presidente da Câmara, na qual referiu que “quando se traz as declarações de voto feitas de casa, às vezes é preciso corrigi-las mediante esclarecimentos durante a discussão”. Jorge Barroso caracterizou a declaração de voto dos Independentes de “carácter enganador” já que “continuaram a falar de questões que já foram explicadas na reunião”. O presidente da Câmara da Nazaré acrescentou ainda que “a posição dos Independentes parece ser de tentativa de boicote à obra da biblioteca”. António Trindade, em resposta a Jorge Barroso explicou que “não há nenhuma tentativa de boicote. Apenas queremos votar favoravelmente quando achamos que é favorável para a comunidade”.Vigilância nas praias da NazaréO executivo camarário da Nazaré aprovou por unanimidade a proposta de sensibilização apresentada por Jorge Barroso, no âmbito de enviar às entidades competentes documentação “para assegurar a vigilância das zonas da Praia da Nazaré e na praia do Norte”. Tal como sugeriu Vítor Esgaio, a informação enviada teve “tratamento diferente, já que as situações das duas praias são totalmente diferentes”. Jorge Barroso assegura que o protocolo com a Associação de Nadadores Salvadores da Nazaré “continuará a ser seguido”, onde a Câmara continuará a disponibilizar verbas para esta Associação, apesar de frisar que “a Câmara Municipal da Nazaré não tem competência no âmbito da segurança da praia”. Apesar de achar que posição tomada pelo executivo de sensibilização junto das entidades competentes “não contribuir para que a situação mude”, vale a pena “colocar lá a estaca de responsabilidade”.
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