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Médico acusado de estar alcoolizado

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Zélia Ferreira não se conforma com a morte do seu maridoViúva entra com processo crime contra clínico do Hospital de Alcobaça Zélia Ferreira apresentou queixa no Ministério Público de Leiria contra clínico do Hospital de AlcobaçaLiliana JoãoO Ministério Público de Leiria está a investigar uma queixa apresentada por Zélia Ferreira, que acusa um médico de […]

Zélia Ferreira não se conforma com a morte do seu maridoViúva entra com processo crime contra clínico do Hospital de Alcobaça Zélia Ferreira apresentou queixa no Ministério Público de Leiria contra clínico do Hospital de AlcobaçaLiliana JoãoO Ministério Público de Leiria está a investigar uma queixa apresentada por Zélia Ferreira, que acusa um médico de prestar serviço nas urgências do Hospital de Alcobaça embriagado. O médico já estava a ser alvo de um inquérito interno, por causa de uma reclamação semelhante, feita por outro doente, há cerca de 5 anos.

O caso que deu origem à investigação judicial ocorreu há quatro meses, mas Zélia Ferreira, esposa do falecido José Correia Ferreira, comerciante na Benedita, não se esquece da data. A comerciante ficou viúva de forma inesperada e não se conforma com o atendimento dado ao marido no Hospital de Alcobaça, horas antes de morrer. Zélia conta que “o médico tinha um hálito horrível a álcool”, facto que a levou a queixar-se à Justiça “para evitar que aconteça o mesmo a outras pessoas quando forem consultadas por este médico”. A viúva não quer qualquer tipo de indemnização e confessa que “não sei onde isto vai dar, mas pelo menos espero que este clínico seja castigado”. Acusações de embriaguês e negligênciaZélia Ferreira, de 38 anos recorda do dia do falecimento do seu marido e explicou ao REGIÃO como tudo aconteceu. Quatro dias antes de morrer, José Ferreira deslocou-se ao Hospital de Alcobaça queixando-se de uma dor num braço. O médico que o consultou na altura, medicou-o e aconselhou-o a descansar. Na madrugada de 29 de Setembro de 2005, data em que completava 50 anos, o marido da queixosa, sentiu-se mal. Ao ver o companheiro “muito pálido, com suores, falta de ar e a queixar-se com dores muito fortes nos braços”, Zélia Ferreira chamou uma ambulância e acompanhou o seu marido até Hospital de Alcobaça. José Ferreira deu entrada nas urgências à 01h35m e, passada 1 hora e 10 minutos, o utente foi encaminhado para o Hospital de Santo André, em Leiria. Zélia Ferreira afirma que “o médico que consultou o meu marido disse que ele era um piegas e que devia era ir para casa, mas que por prevenção ia mandá-lo ao Hospital de Leiria, para fazer mais uns exames”. Conta a viúva, que foi nessa altura, quando falava com o médico, que “notou um “hálito horrível a álcool”. Zélia lembra-se que o seu marido, a caminho do Hospital de Leiria, continuou a queixar-se de muitas dores nos braços e muita fala de ar, e contou que “o médico foi muito arrogante comigo e nem sequer me fez nada”, facto que surpreendeu Zélia, já que a tensão do marido estaria a 21/18, ou seja, como explicou “estava com os valores quase a juntarem-se segundo entendidos e o meu marido estava à beira da morte. Pelo menos baseando-se neste factor, não entendo o procedimento do clínico do Hospital de Alcobaça ao dizer que o meu marido era um piegas e que ia a Leiria para fazer apenas alguns exames de rotina”. A situação clínica de José Ferreira complicou-se na viagem e o paciente acabou por falecer. “A causa do óbito, segundo o profissional que assinou a certidão foi um enfarte agudo do miocárdio”, explicou a viúva que não se conforma com o sucedido. “Eu nunca cheguei a saber se o meu marido morreu no Hospital de Leiria ou se foi pelo caminho. Digo isto porque, quando faltavam cerca de cinco, dez minutos para chegar, o meu marido começou a revirar os olhos e ficou por instantes muito vermelho. A partir deste momento, ele já não teve qualquer tipo de reacção, até chegar às urgências do Hospital de Leiria”, explicou a viúva. Zélia admite que “podia ter chegado a hora do meu marido, mas o médico que o atendeu no Hospital de Alcobaça, devia ter feito mais qualquer coisa por ele”. “Não me conformo com o que aconteceu e com o procedimento do clínico do Hospital de Alcobaça, até porque lhe pedi para ajudar o meu marido porque ele tinha dois irmãos que tinham morrido com enfartes e que um outro irmão, também já tinha feito um enfarte há relativamente pouco tempo”, explicou Zélia. Várias queixasEm declarações ao REGIÃO, António Ventura, presidente do Conselho de Administração do Hospital de Alcobaça, esclareceu que “o médico em questão não faz parte do quadro do Hospital de Alcobaça. O Hospital funciona com profissionais do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Alcobaça, que é a entidade que estabelece o horário a que os médicos estarão a serviço no Hospital e que lhe paga”. António Ventura referiu que “ como a queixosa não fez a queixa no livro de reclamações do Hospital, mas sim directamente ao Ministério Público, o Hospital não pode intervir”. No entanto, e apesar de estar a ocorrente da situação, o presidente do Conselho de Administração do Hospital de Alcobaça, diz que “do ponto de vista clínico, houve um tratamento adequado ao paciente. Foi feito um electrocardiograma ao paciente e como a tensão estava muito alta, foi transferido para Leiria”. No entanto, António Ventura lamenta que “se realmente o clínico cheirava a álcool e se teve o tipo de atitude que a queixosa alega, “acho que é um tipo de comportamento gravíssimo”. “Acredito que o diagnóstico que foi feito foi o adequado, mas o grande problema são as acusações que a viúva faz ao médico, dizendo que ele cheirava a álcool e que fez comentários pouco adequados e um pouco insultuosos. Se realmente a situação se passou, é de lamentar”. Confirmando que “há cerca de quatro, cinco anos”, houve uma situação semelhante, em que o médico em questão, foi acusado pelas mesmas razões de Zélia Ferreira, António Ventura, que na altura não estava na direcção do Hospital de Alcobaça, apenas refere que “sei que durante uns tempos o médico não exerceu medicina no Hospital de Alcobaça, mas acabou por voltar. A verdade é que nunca ouvi falar de nenhum tipo de sanção ao clínico”. Há cerca de duas semanas, e segundo o administrador, um utente fez uma queixa no livro de reclamações do hospital, em relação ao mesmo médico, alegando também que “o médico cheirava a álcool e a queixar-se do tratamento do ponto de vista humano”. “Não se sabe realmente se aconteceu, mas como foi apresentada uma queixa no livro de reclamação do Hospital, eu como responsável pelo Hospital de Alcobaça, tive de tomar a dianteira do caso e abri um processo interno”, explicou António Ventura. Neste momento, e após notificação, ao director das urgências do Hospital de Alcobaça, do director do Centro de Saúde de Alcobaça e do clínico acusado”, segundo António Ventura, o processo está em fase de audição.

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