Onde pôr a cruzinha?!

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Pedro LucasColunistaAí estou eu a chegar às escolas primárias para votar no nosso próximo Presidente da República. Esferográfica na mão e… deu-me uma branca. Esqueci-me em quem ia votar. Desespero! Faço um esforço de memória e começo a lembrar-me de ter falado com amigos e de se ter chegado à conclusão que a maioria dos […]

Pedro LucasColunistaAí estou eu a chegar às escolas primárias para votar no nosso próximo Presidente da República. Esferográfica na mão e… deu-me uma branca. Esqueci-me em quem ia votar.

Desespero! Faço um esforço de memória e começo a lembrar-me de ter falado com amigos e de se ter chegado à conclusão que a maioria dos portugueses estavam como eu, ou seja, não sabiam onde pôr a cruzinha. Também me lembrei de que os debates televisivos não ajudaram. Não tive o ensejo de ver todos, mas consegui recordar o “duelo” socialista Mário Soares Vs. Manuel Alegre. O que dizer?! Exceptuando as partes narcóticas, digamos que “acordei” com algumas pirraças entre ambos. Daquelas em que Mário Soares dava a entender que votar em Alegre seria “um salto no desconhecido”, e este último refutava dizendo que “ser Presidente não é um cargo vitalício”. Mas aquilo não passava dali. Digamos que quando o debate parecia querer meter uma quinta mudança, reduzia logo para uma primeira e lá voltavam eles a debater perfis pessoais e raramente (dis)semelhanças políticas. Se até posso entender que ambos não quiseram aproveitar a oportunidade para “atacar” Cavaco Silva, acreditando que esse “papel” extremo será “representado” por Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, acho que, ao fim ao cabo, quem ganhou com o debate foi mesmo o candidato do PSD… e sem estar em estúdio!!! Mais uns segundos de meditação e começo a lembrar-me de achar que tudo se encaminhava para uma segunda ronda de eleições com aqueles que, mesmo não querendo, estarão sempre associados ao PS e PSD, Mário Soares e Cavaco Silva. Sim, os mesmos que, para o bem ou para o mal, “guiaram” Portugal nas décadas de 80 e 90. Bateram-me nas costas. Tinha de decidir em que votar. Já estava “mêa praia” à porta para votar. Ia que “mámodes”… Tinha de decidir se queria ver o palacete de Belém colorido de rosa ou numa tonalidade mais alaranjada. “Tenho mesmo de votar? Precisamos mesmo de Presidente da República?”- perguntei à senhora que me batera nas costas. Toca o alarme do telemóvel. Uppss!!! Estava a sonhar… ou não!!!

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