A capela onde actualmente são velados os mortos está ao lado da colectividadeObra do cemitério de Alpedriz inacabada e sem casa mortuária A obra do cemitério de Alpedriz previa a construção de uma casa mortuária mas até hoje a população é obrigada a velar os seus mortos numa capela que fica junto a uma colectividadeLiliana JoãoEm 1997 foi emitido um projecto pela Câmara Municipal de Alcobaça que previa a construção de um cemitério novo para a freguesia de Alpedriz e que incluía a construção de uma casa mortuária. Em 2000 o muro que delimita o cemitério foi inaugurado mas desde então as obras pararam e até hoje a população de Alpedriz é obrigada a continuar a velar os seus mortos numa pequena igreja, que é situada junto da Associação Recreativa de Alpedriz. “Esta situação já se vem prolongar por tempo demais”, referiu Hélder Cruz, presidente da Junta de Freguesia de Alpedriz. “Para além de ser incómodo estar a velar um morto junto de uma colectividade, são muitas as vezes que existem comemorações na associação e estão mortos na capela”, acrescentou Hélder Cruz, que entende que esta capela deveria estar aberta ao público.
O presidente da junta de freguesia de Alpedriz diz que “não entendo a situação. Foi-nos prometido no início do mandato anterior, pelo senhor presidente Gonçalves Sapinho, que a obra estaria pronta até ao final do mandato e até agora nada”. Hélder Cruz explicou ao REGIÃO que quando se iniciou o actual mandato, foi solicitado pela Câmara de Alcobaça, que a junta de Alpedriz apresentasse uma lista com as prioridades da freguesia. Logo seguido da primeira prioridade da lista, a conclusão do saneamento básico na sede da Freguesia, está o ponto que fala da “conclusão do projecto do cemitério, (arruamentos interiores, capela, casa mortuária e arranjos exteriores)”. “Qual foi o nosso espanto quando vimos que no plano de actividades da Câmara de Alcobaça para 2006 não consta a conclusão do nosso cemitério”, referiu Hélder Cruz que se diz indignado com esta situação já que existem “obras semelhantes no concelho que foram começadas depois da nossa e já foram terminadas. Em Pisões, foi inaugurado recentemente a obra do cemitério, que não difere quase nada da nossa, e que foi iniciada muito posteriormente à de Alpedriz”.O presidente da junta de freguesia de Alpedriz afirma que “nunca foi dada nenhuma explicação, nem por parte de Gonçalves Sapinho, nem por alguém que possa estar ocorrente da situação.” Interrogado sobre esta situação, Hélder Cruz explica que a população tem vindo “a criar um certa descrença porque não vê as coisas a andar para a frente”. Hélder Cruz diz que não vai baixar os braços porque “foi assumido um compromisso e foi feita uma promessa que terá que ser cumprido pela Câmara. A obra tem de ser terminada”.Hélder Cruz levou esta questão à Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira. Quando questionado pelo presidente da Junta de Freguesia de Alpedriz sobre esta situação, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves Sapinho, explicou que “a verdade é que não é recomendável construir a casa mortuária dentro do cemitério, mas existe um projecto e é claro que nos vamos sentar para conversar”. No entanto, o presidente da Câmara de Alcobaça não aceita comparações, “porque a obra de pisões foi uma obra, em grande parte da Junta de Freguesia de Pataias”. Confiante de que a obra será terminada, Gonçalves Sapinho garantiu a Hélder Cruz que “a promessa de terminar a obra será cumprida”.
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