Professores, alunos e pais estão desesperados com obras no pavilhãoPavilhão Gimnodesportivo da EB 2,3 de São Martinho do Porto Seis centenas de alunos não têm aulas no pavilhão desde Abril António PauloDesde Abril passado que cerca de 600 alunos da Escola 2,3 de São Martinho do Porto, estão sem aulas de Educação Física, tornando-se praticamente impossível ocupá-los nas horas em que deveriam estar a praticar a disciplina, devido à não existência de salas de aulas suficientes para o efeito.
Fernanda Beirão, presidente do Conselho Executivo da escola são martinhense, confirmou ao REGIÃO que as “obras estão paradas desde meados de Outubro” adiantando que “cada vez que falo para a Câmara de Alcobaça, dizem-me que é no dia seguinte ou na semana seguinte, que as obras serão retomadas, mas elas continuam paradas”. Fernanda Beirão sublinha que “não tem sido avançada qualquer explicação ou justificação para o que se está a passar”. “Seja como for esta é uma situação gravíssima, insustentável e que tem de ser resolvida urgentemente”, sublinha Fernanda Beirão.Depois de em meados de Outubro, ter acalentado “esperança” da chegada do fim das obras, Manuela Neves, presidente da Associação de Pais e Amigos daquela escola mostra-se “desiludida” e “desesperada”, apontando ainda o facto de “injustamente estarmos a ser culpados por alguns professores, de não haver pavilhão, porque fizemos pressão para que as instalações fossem melhoradas, colocadas de acordo com a lei, e de modo a não serem prejudiciais à saúde dos próprios professores e dos alunos”. “Vamos reunir com o presidente da Câmara e queremos este assunto resolvido de uma vez por todas, não queremos saber mais de jogos de empurra da Câmara para o empreiteiro e vice-versa, porque caso não tenhamos garantias sérias de que as obras serão concluídas rapidamente, vamos avançar para medidas e acções drásticas”, adiantou Manuela Neves.Há um ano pavilhão esteve para encerrar O REGIÃO, apurou que na origem da paragem das obras estará um alegado incumprimento do plano de pagamentos, previamente acordado entre a Câmara de Alcobaça e o empreiteiro. Esta informação obtida junto de fonte próxima deste processo, assim como, a indicação sobre uma data para o reinicio das obras, foram impossíveis de obter, dado o vereador Hermínio Rodrigues, responsável pelas Obras Municipais, ter permanecido incontactável até ao fecho desta edição.No início de Novembro de 2004, Assunção Almeida, delegada de Saúde de Alcobaça, mandou encerrar o pavilhão, dadas as anomalias registadas na cobertura e limpeza das paredes dos balneários, na caldeira de aquecimento, na fixação de balizas, na colocação de sinalização de emergência e de irregularidades do pavimento, para além da necessidade da substituição da cobertura do pavilhão de placas em fibrocimento, em cuja composição entrava o crisótilo de amianto, considerado cancerígeno. A 24 de Novembro, o presidente da Câmara de Alcobaça, Gonçalves Sapinho e a delegada de Saúde, reconheciam em comunicado conjunto, que o pavilhão “necessita de obras que se adaptem às novas exigências legais”. A autarquia comprometeu-se a realizar obras, de acordo com as “exigências” da Delegação de Saúde, nas Férias da Páscoa de 2005 e conclusão antes do arranque do ano lectivo 2005/2006. As obras pararam pouco depois de começadas, foram retomadas para voltarem a parar em Agosto – devido à morte de um trabalhador por queda da cobertura -, recomeçaram em finais de Setembro para serem de novo interrompidas em meados de Outubro, permanecendo paradas há cerca de seis semanas.
0 Comentários