Todos os plátanos do largo Frederico Ulrich foram cortadosCorte de árvores centenárias levanta protestos em São Martinho do PortoPopulação de São Martinho está descontente com o corte de todos os plátanos do largo Frederico Ulrich Carlos Barroso
Todos os plátanos que há várias gerações ornamentavam o largo Frederico Ulrich em São Martinho do Porto – junto ao posto de turismo local -, foram abatidos no passado dia 11, no âmbito do desenvolvimento do projecto de requalificação urbana, o qual prevê a construção de um novo jardim naquele local.Quem não gostou de ver o corte daquelas espécies arbóreas, foram alguns moradores da vila que em declarações ao REGIÃO não esconderam a sua revolta com o abate das árvores. “Cada plátano cortado é como um dente arrancado a sangue frio”, disse José Cordeiro, reformado das forças de segurança e morador em São Martinho do Porto. “Os plátanos eram centenários, e qualquer outra árvore que ali plantem vai levar gerações a ficar grande”, sublinhou José Cordeiro para quem “não serão os meus filhos nem os meus netos que irão gozar a sombra dessas árvores”. Concordando com todas as obras de requalificação previstas para a avenida marginal, José Cordeiro sustenta que “as palmeiras devem ser retiradas” e mostra-se “satisfeito com a preservação dos pinheiros no largo.Já Júlio Dias, de 37 anos , que sempre passou férias em São Martinho do Porto, manifestou-se “chocado” com o abate das árvores, frisando que “os plátanos sempre fizeram parte da paisagem da zona central da vila”. “Desde criança que me lembro de ver aqueles plátanos, já enormes no largo central, que agora foram simplesmente serrados, provocando a desorientação de centenas de pássaros habituados a viver ou a ter ninhos naquelas árvores”. Diogo Avelar, defende que a Câmara Municipal ou a Junta de Freguesia de São Martinho “deviam dar uma explicação sobre o que aconteceu e o que aqui vai acontecer ”. “Trata-se de um projecto que foi apresentado publicamente e muito participado, e na altura nem a população nem a oposição levantaram qualquer problema”, frisa o presidente da Câmara de Alcobaça, Gonçalves Sapinho, numa reacção às vozes discordantes da operação de abate dos centenários plátanos.
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