A Nazaré vive um tempo decisivo. Não é exagero dizer que chegámos a uma encruzilhada. Doze anos de governação socialista deixaram o concelho sem estratégia, planeamento e sem esperança para muitos dos que aqui nasceram e querem aqui construir futuro. É tempo de dizer basta. É tempo de virar a página. O povo do concelho ambiciona e exige uma mudança.
Durante mais de uma década, os executivos do PS alimentaram-se de propaganda, mas foram incapazes de responder ao que realmente importa. Hoje, mais de três mil pessoas continuam sem médico de família, sobretudo em Valado dos Frades e em Famalicão, onde os centros de saúde estão degradados, onde se espera horas por uma consulta e onde, muitas vezes, simplesmente não há resposta. Esta é a realidade. E esta realidade não é digna de um concelho que quer ser moderno, dinâmico e competitivo.
Na educação, a situação é ainda mais escandalosa. Mil alunos da Escola Amadeu Gaudêncio continuam a ter aulas em contentores. Contentores não são escolas. Contentores não podem ser a solução permanente para centenas de crianças e jovens. Enquanto isso, os centros escolares, obra de anteriores executivos do PSD, estão ao abandono, com infiltrações, recreios degradados e sem condições de segurança. Doze anos passaram e nem souberam cuidar do que receberam. A diferença é clara: enquanto o PSD construiu, o PS deixou degradar.
Na habitação, a situação tornou-se insustentável. Uma família da classe média baixa não consegue hoje viver na Nazaré. Jovens são empurrados para fora da sua terra. As rendas atingiram valores incomportáveis e, enquanto outros concelhos aproveitaram os fundos do PRR para lançar programas de habitação acessível, por cá tudo ficou parado. Esta é a prova de que falta estratégia, falta visão, falta coragem. O resultado é uma Nazaré que expulsa os seus, em vez de os fixar.
Estes também foram anos de desmandos, de uma gestão centrada numa pessoa, nos seus próprios interesses. Pretendeu promover a Nazaré para, à primeira oportunidade que lhe surgisse, abandonasse o barco. E o barco ficou à deriva, como se percebeu há não muito tempo. Onde está o investimento prometido? Onde estão as obras estruturais do PS? Onde está essa obra que não se vê e também não está enterrada, porque o concelho continua a necessitar de milhões para o saneamento? A propaganda, mais tarde ou mais cedo, acaba por não ser suficiente para enganar as pessoas.
Nas freguesias, o retrato é o mesmo. Em Famalicão, continuamos, em pleno 2025, com vastas zonas sem saneamento básico. Um problema do século passado que persiste por falta de vontade política. Os acessos continuam a estrangular a freguesia e não há investimento capaz de dar resposta às suas necessidades. Já o Valado dos Frades foi castigado politicamente, esquecido apenas porque tinha uma junta de freguesia de outro partido. É inaceitável esta postura revanchista em pleno século XXI. Até em Fanhais, onde chegou a existir um projeto de habitação a custos controlados e onde as famílias chegaram a sinalizar casas, tudo foi abandonado. Em vez disso, apareceu a intenção de instalar um parque solar que serviria mais alguns interesses particulares do que a comunidade.
E o pouco que se faz é feito à pressa, sem visão e sem planeamento. O exemplo do funicular da Pederneira é claro: milhões investidos sem que se pensasse no estacionamento, sem um plano de mobilidade, sem respeito pela vida diária dos pederneirenses e dos visitantes. O resultado? Mais problemas, menos soluções.
Mas não é só: ao longo destes anos multiplicaram-se os exemplos de má gestão. Obras adjudicadas e nunca concluídas. Projetos anunciados com pompa e circunstância que nunca saíram do papel. Fundos comunitários perdidos por atrasos, falta de projetos ou incapacidade de execução. Enquanto concelhos vizinhos captaram milhões de euros para infraestruturas, reabilitação urbana, habitação e equipamentos, a Nazaré ficou para trás, perdida em guerras internas e numa máquina camarária bloqueada pela falta de liderança.
E o retrato financeiro fala por si: 235 milhões de euros geridos ao longo de dez anos sem que houvesse redução séria da dívida, sem investimento estratégico, sem alívio fiscal para as famílias. Foram incapazes até de disponibilizar três milhões de euros para ampliar a escola Amadeu Gaudêncio, preferindo obras vistosas, mas sem utilidade estrutural. Anos a culpar terceiros, mas sempre a falhar no essencial. Os impostos pagos por todos os nazarenos mereciam outro destino.
Enquanto isso, basta recordar o que foi feito quando o PSD teve responsabilidades na Nazaré. Fomos nós que deixámos ao concelho algumas das obras estruturais mais relevantes da sua história recente: a Área de Localização Empresarial (ALE) do Valado dos Frades, que abriu portas à instalação de empresas e à criação de emprego; o Pavilhão Gimnodesportivo, hoje palco de tantas atividades e competições; e a rede de centros escolares, que representou um salto gigantesco na qualidade da educação e das condições oferecidas às nossas crianças. E não nos esqueçamos: foi também com executivos do PSD que a Praia do Norte ganhou projeção mundial. O trabalho feito na valorização daquela que é hoje a nossa maior bandeira turística não caiu do céu. Foi fruto de visão, de estratégia e de investimento planeado. O PS limitou-se a “surfar” essa onda, a agarrar-se ao que outros deixaram, sem acrescentar nada de estruturante. Ficou dívida por pagar? Claro que sim. Porque quem faz obra pode deixar dívida. O que se exigia a quem se limita a gestão corrente era, no mínimo, que pagasse dívida.
E é por isso que hoje estamos onde estamos: um concelho com um potencial extraordinário, mas sem rumo.
A Nazaré não pode continuar a ser apenas palco de propaganda. O nosso concelho precisa de um plano sério, ambicioso e realista. É isso que o movimento A Nazaré Merece, com o apoio do PSD, propõe. Temos rumo. Temos equipa. Gente competente, com provas dadas em vários domínios e que nunca precisaram da política para viver.
Neste primeiro mandato queremos fixar médicos, com incentivos reais e integração na comunidade. Queremos requalificar centros escolares, acabar com os contentores e reforçar a rede de creches. Queremos aproveitar os fundos do PRR para criar habitação acessível em todo o concelho, de Fanhais a Valado, de Famalicão à sede. Queremos mobilidade planeada: variantes prometidas e nunca feitas, parques de estacionamento organizados e transportes gratuitos que liguem os parques periféricos à vila. Queremos um porto de abrigo estratégico, pensado a 30 anos, que una pesca, turismo, náutica e ensino superior. Queremos atrair empresas, apoiar o empreendedorismo local e fixar jovens qualificados. Queremos valorizar a nossa cultura, o desporto e devolver rigor às finanças municipais.
A Nazaré tem tudo para ser moderna, justa e sustentável. Mas não o será se continuar entregue à gestão socialista, que vive de propaganda e negligencia o essencial. A Nazaré precisa de futuro. Precisa de liderança. Precisa mudar. É por isso que lidero a candidatura do PSD: porque a Nazaré Merece presente e futuro. É este o compromisso que assumo convosco: dar à Nazaré o rumo que lhe foi negado. Porque a Nazaré merece. Porque os nossos filhos e netos merecem.
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