Autárquicas – Chega Nazaré – Chega apresenta programa e prioridades para as Autárquicas de 2025 na Nazaré

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Lúcia Loureiro propõe mudança profunda e responsabilização A candidatura de Lúcia Loureiro à Câmara Municipal da Nazaré, pelo partido Chega, é apresentada como uma alternativa política inédita no concelho. Empresária, natural da Nazaré e militante de longa data do partido, Lúcia Loureiro assume o compromisso de colocar os nazarenos em primeiro lugar, corrigindo décadas de […]

Lúcia Loureiro propõe mudança profunda e responsabilização

A candidatura de Lúcia Loureiro à Câmara Municipal da Nazaré, pelo partido Chega, é apresentada como uma alternativa política inédita no concelho. Empresária, natural da Nazaré e militante de longa data do partido, Lúcia Loureiro assume o compromisso de colocar os nazarenos em primeiro lugar, corrigindo décadas de omissões e de falhas estruturais, segundo garante. O programa apresentado envolve um conjunto de 15 propostas prioritárias, que visam garantir transparência, eficácia, justiça social, desenvolvimento económico e protecção do ambiente.
Prioridades do Chega para a Nazaré
Auditoria independente à gestão camarária
O Chega propõe uma auditoria externa e independente às contas e decisões da Câmara Municipal da Nazaré. A ideia é apurar com rigor financeiro e patrimonial a situação do concelho, depois de alegadas décadas de má gestão por parte do PSD e do PS. A iniciativa assegura transparência, responsabilização política e dado objetivo para planear o futuro.
Redução da fatura da água
A Nazaré aparece como o concelho com a fatura de água mais elevada no distrito de Leiria. Há exemplos concretos: em 2022, uma família pagava em média 416,78€/ano, enquanto na Marinha Grande esse montante era de apenas 187,49€.
Com base no rendimento médio mensal de 881 € (INE, 2018) e num índice de poder de compra per capita baixo (88,09 em 2021), é considerada economicamente insustentável a penalização dos moradores numa necessidade básica.
Mais estacionamento e melhor ordenamento do trânsito
O acesso fácil é essencial para o comércio local e para a qualidade de vida. Propõe se a criação de novos parques de estacionamento e a reorganização do tráfego, especialmente durante a época alta turística, para descongestionar as zonas mais problemáticas.
Ascensor gratuito para jovens até 23 anos e seniores com mais de 60 anos residentes
A mobilidade deve ser um direito. Esta medida pretende apoiar alunos, jovens e idosos residentes, favorecendo a mobilidade urbana, o acesso a serviços, comércio e espaços públicos sem barreiras financeiras.
Requalificação da rede de esgotos
Há mais de meio século que problemas nesta área persistem sem solução. As consequências já foram graves: praias interditas em pleno verão, prejuízos para o turismo, para o comércio local e danos à imagem ambiental da Nazaré. Esta requalificação é considerada uma prioridade absoluta para assegurar saúde pública, economia local e preservação ambiental.
Unidade móvel de saúde
Visa levar cuidados básicos, consultas e rastreios às freguesias e zonas rurais, onde muitos cidadãos têm dificuldades de deslocação. A unidade móvel funcionará em articulação com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Requalificação do mercado e do porto de abrigo
O mercado e o porto são símbolos identitários da Nazaré, do comércio tradicional e da pesca. O estado atual de abandono é considerado inaceitável. As intervenções propostas devem respeitar tradições, valorizarem o trabalho dos pescadores e comerciantes, e criar oportunidades económicas.
Redução do IMI
O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) na Nazaré está entre os mais elevados de Portugal. O Chega defende uma redução para aliviar as famílias e tornar o concelho mais atrativo para viver e investir.
Centro de Estudos Oceanográficos
Aproveitar a notoriedade internacional do concelho — ondas gigantes e canhão submarino — com a criação de um centro de investigação, em parceria com universidades e centros de investigação nacionais e internacionais. Esta infraestrutura contribuiria para conhecimento científico, formação e turismo especializado.
Infraestruturas para acolher o público das ondas gigantes
A afluência de visitantes motivada por este fenómeno exige equipamentos adequados. O Chega propõe construir infraestruturas seguras, organizadas e sustentáveis, em coordenação com a Agência Portuguesa do Ambiente, para valorização turística sem danos ambientais ou riscos públicos.
Fundo de apoio ao comércio local
Em situações de crise — como a interdição da praia durante o verão — muitos comerciantes ficam sem alternativas. O partido propõe um fundo municipal de emergência para compensar prejuízos e proteger o tecido económico local.
Parcerias público privadas estratégicas (PPP)
Em áreas onde o setor público não consegue responder com rapidez ou qualidade — creches, saúde, habitação acessível — o Chega defende a utilização criteriosa de PPPs, sempre com regras claras e fiscalização rigorosa, para garantir eficiência e serviço à população.
Reorganização da recolha de lixo
Uma Nazaré limpa e organizada é também sinal de respeito pelos cidadãos e pelo ambiente. Propostas incluem horários adaptados (principalmente na época alta), reforço do serviço, ênfase na reciclagem e melhores práticas de gestão de resíduos.
Mais vagas em creches e berçários, com prioridade para residentes
A escassez de respostas nesta área limita a fixação de jovens famílias e impacta natalidade. O Chega propõe aumentar oferta, em colaboração com entidades privadas e do sector social, assegurando que os residentes no concelho tenham prioridade.
Mobilidade integrada no concelho
Proposta de uma rede de transportes municipais reforçada, ligando freguesias à vila de forma regular. Este serviço será gratuito para jovens até 23 anos e seniores acima de 60 anos residentes. Concomitantemente, reorganizar o estacionamento em zonas turísticas, equilibrando turismo e qualidade de vida.
Crítica aos partidos dominantes: PS e PSD
O Chega coloca sob forte escrutínio o desempenho de PS e PSD no concelho da Nazaré, considerando-os corresponsáveis pelo estado atual do município.
O PS – Socialismo de fachada e irresponsabilidade
João Formiga, candidato do PS à Câmara Municipal, é apontado como continuador de modelos que, segundo Chega, deixaram a Nazaré estagnada. Acusa se o PS de ter sido responsável pelas interdições das praias em agosto, com prejuízos significativos para o turismo e para o comércio local.
O partido é também acusado de lançar acusações contra cidadãos e comerciantes tentando delegar responsabilidades alheias.
O PSD – silêncios e interesses cruzados
O Chega acusa o PSD de, em alternância com o PS, neglectar problemas estruturais como o saneamento básico, falhar na concretização de infraestruturas, prometer demasiado e cumprir pouco. Além disso, refere se que Serafim António Silva, cabeça de lista do PSD, enfrenta um processo judicial contra o município (caso Pedralva) — o que, do ponto de vista do Chega, levanta dúvidas sobre interesses partilhados ou protecção entre poderes se fosse eleito.
História e resultados eleitorais do Chega no concelho da Nazaré
Para perceber a força atual da candidatura de Lúcia Loureiro e a legitimidade do Chega, importa recuar alguns mapas eleitorais recentes:
Nas Legislativas de 2022, o Chega teve 545 votos no concelho da Nazaré, correspondendo a uma percentagem significativamente menor do que nas legislativas seguintes.
Nas Legislativas de 2024, a votação do Chega cresceu para cerca de 1 574 votos, cerca de 19,86% dos votos válidos no concelho.
Já nas Legislativas de 2025, o Chega venceu, pela primeira vez no concelho da Nazaré, com 2 111 votos (27,49%), passando à frente da AD (PSD/CDS PP) com 25,93% e do PS com 25,40%. Esta vitória histórica evidencia uma mudança no eleitorado local e uma credibilidade crescente para as propostas do partido.
Além disso, nas últimas autárquicas (dados vindos de anúncio da candidata), o PS venceu com 44,9% dos votos, elegeu o presidente da Câmara e três vereadores; o PSD teve 28,5%, com dois vereadores; a CDU obteve cerca de 14,2% e elegeu um vereador.
Este panorama mostra que o Chega até agora não concorreu às eleições autárquicas no concelho, sendo a presente candidatura de Lúcia Loureiro a primeira candidatura do Chega à Câmara Municipal da Nazaré.
Porque esta candidatura importa
A importância desta proposta do Chega reside em vários fatores:
Alternativa real: depois de décadas de governo alternado entre PS e PSD, com promessas frequentemente não cumpridas, Lúcia Loureiro coloca um projeto com metas concretas e mensuráveis.
Reconhecimento eleitoral crescente: os resultados de 2025 demonstram que muitos eleitores buscam mudança. O Chega já não é apenas uma voz minoritária, é a força mais votada nas Legislativas deste ano no concelho.
Ligação à realidade local: as propostas apontam para problemas efetivos que afetam a vida quotidiana — água, esgotos, mobilidade, ambiente, saúde — e oferecem soluções que, segundo a candidatura, não dependem apenas de grandes verbas, mas sobretudo de boa gestão e prioridade política.
Transparência e responsabilização: medidas como auditoria independente, exigência de processos claros nas PPPs, prioridades para residentes, mostram uma preocupação com ética pública, vital para restaurar confiança.
Críticas e contrapontos
Embora o Chega se apresente como alternativa, é inevitável que haja críticas:
Alguns opositores apontarão que várias das propostas dependem de recursos financeiros elevados, ou de competências que ultrapassam as competências municipais.
A implementação de PPPs é controversa, pois exigirá garantias de rigor, de controlo público e de que os contratos não se convertam em encargos futuros para a autarquia ou para os contribuintes.
A questão da redução do IMI ou da tarifa da água poderá gerar resistência interna e externa, dado que há custos fixos estruturais, contratos existentes, e normas legais impostas por legislação nacional ou reguladora.
Conclusão: Rumo a uma mudança com responsabilidade
A Nazaré encontra se, segundo o Chega, num momento decisivo.

A conjugação de degradação estrutural (esgotos, acessos, mobilidade), do impacto negativo de eventos públicos mal geridos (como interdições de praias), da perda de competitividade turística e da sensação de abandono entre residentes, exige uma mudança. O que PS e PSD representaram — segundo esta candidatura — já não basta: manutenção de compromissos incumpridos, prioridades erradas, escassez de visão estratégica.
Lúcia Loureiro e o Chega propõem uma governação diferente: baseada em transparência, foco nas pessoas, responsabilização dos políticos, respeito pelo património cultural, natural e económico, e uma Nazaré preparada para os desafios do turismo, da demografia e do ambiente.
As eleições autárquicas de 2025 representam, assim, uma oportunidade para quebrar padrões antigos, para introduzir uma nova forma de fazer política local, menos dependente de compromissos partidários, mais voltada para resultados e com a Nazaré no centro das decisões. Se os nazarenos quiserem, é o momento de mudar.

 

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