Socialistas apontam a forma de gestão de Herminio Rodrigues como responsável pelo resultado obtido
A Câmara de Alcobaça terminou o ano de 2023 com um resultado líquido negativo de 789 mil euros, o que representa uma diminuição de 1,9 milhões de euros face ao ano anterior, segundo o relatório de gestão aprovado no final de abril.
A diminuição é justificada “essencialmente com o aumento das transferências e subsídios concedidos e do acréscimo dos valores relacionados com o consumo de gás”.
Os rendimentos do município ascenderam aos 43,9 milhões de euros (ME), o que representa um crescimento de 6,4% face a 2022, enquanto as despesas totalizaram 44,7 ME, mais 11,4% que no ano anterior.
Ao nível da receita, 46% das entradas dizem respeito a rendimentos operacionais (20,4ME), 41% a transferências (17,9ME) e 10% de outros rendimentos.
A despesa ao nível das Grandes Opções do Plano (GOP) totalizou 32,8 ME (51,6% de execução), ficando por executar 30,6 ME.
Vereadores do PS votam contra o relatório de contas do ano de 2023 da Câmara Municipal lembrando que em novembro 2022 não tinham votado favoravelmente o orçamento para aquele ano “porque não viam no mesmo princípios sólidos de governação de transparência e de desenvolvimento, tendo apresentado um conjunto de propostas que o PSD se comprometeu a executar, mas que nunca colocou em prática”.
Para os socialistas, os documentos apresentados sobre a gestão de 2023, demonstram uma taxa de execução da receita de 86% e uma taxa de execução da despesa de 59%, um resultado liquido do exercício de 789 mil euros negativos, com rendimentos de 43,9 milhões de euros e gastos de 44,7 milhões de euros.
“Desde há muito que vimos alertando para os gastos desmesurados, e por isso verificam-se, em 2023, descidas nos indicadores financeiros comparativamente com 2022. Do lado da receita apenas os impostos diretos representaram aumentos, com especial incidência na derrama que em termos percentuais foi a rubrica que mais cresceu (16%).
Registamos ainda, negativamente, a diminuição das transferências de capital, das comparticipações do Estado em projetos cofinanciados, o que vem cimentar a total ausência de projetos de investimentos de Herminio Rodrigues, com um decréscimo de 26%, face a 2022”.
Os socialistas criticam, ainda, a execução das “AMR com apenas 74%, o PPI com uns miseráveis 26% de execução, e a
despesa nas GOP com uma execução de 51,69%, são indicadores de muito pouco ou quase nada investir”, e responsabilizam a “forma de gestão de Herminio Rodrigues” pelos valores alcançados, e que classificam como “navegação à vista, sem critérios e sem qualquer racional de progresso, apenas agradando a uns e menosprezando outros”.
“Votamos contra, mas preocupados por mais um ano perdido na senda da felicidade, do território, da coesão territorial, do progresso na cultura, no desporto, na requalificação urbana, na mobilidade e em tantos outros setores. A desilusão com este Presidente e com esta governação, que não conseguiu em 2023 implementar as suas promessas, é enorme. O PS sabe quais os objetivos estratégicos que deviam ter sido acreditados, mantendo o sentido
de responsabilidade com os munícipes. Como oposição responsável não deixaremos de continuar a apresentar ideias base e eixos estratégicos, para uma democracia participativa, para o desenvolvimento de medidas estruturais, não hipotecando o futuro do município”.
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