O Museu das Máquinas Falantes é, porventura, o mais recente projeto museológico português dedicado ao património sonoro, das telecomunicações e da radiodifusão.
Inaugurado a 25 de abril de 2024, o Município de Alcobaça tornou pública e acessível uma fabulosa coleção, composta por duas componentes:as máquinas mecânicas ligadas ao som, como fonógrafos, gramofones, caixas de música, discos de goma-laca; e equipamentos elétricos e eletrónicos ligados às telecomunicações e à radiodifusão, como telefones, telégrafos, rádios, gravadores, discos vinil, cassetes, microfones, antenas, entre outros.
Do total de mais de 5300 peças da coleção, apenas cerca de mil estão ali expostas (as restantes estão guardadas numa reserva). Entre as peças que agora integram exposição permanente contam-se 443 rádios, 125 telefones, 287 microfones, 1104 discos de vinil e 42 fonógrafos.
O Museu parte de uma coleção privada reunida por um antigo funcionário da Emissora Nacional/RDP (José Madeira Neves), posteriormente adquirida pelo Município de Alcobaça, cujo acervo museológico constitui uma indubitável relevância patrimonial, histórica, científica e museológica no contexto nacional, quer ao nível da sua escala museal (dimensão quantitativa: 5331 objetos), quer no que toca à sua feição temática e de especialização (dimensão qualitativa: ecletismos do acervo que vai da componente mecânica à radiodifusão e telecomunicações). Em alguns segmentos, podendo mesmo assumir uma posição central em Portugal (ex. suportes sonoros/fonogramas).
Em quatro pontos de escuta do museu é possível ouvir algumas comunicações históricas, como as primeiras gravações áudio feitas por Thomas Edison ou uma récita de Ulisses por James Joyce. Numa componente mais local, o museu permitirá também a escuta de áudios ligados à história das duas rádios do concelho, a Cister FM e Rádio da Benedita.
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