Dois homens morreram e outros dois salvaram-se, com ferimentos ligeiros, do naufrágio do barco de pesca lúdica, a 19 de dezembro ao largo da Nazaré.
Os quatro tripulantes tinham saído na madrugada do dia anterior para o mar, para pescarem junto aos Farilhões [Peniche]
, e estavam de regresso ao porto da Nazaré quando aconteceu a tragédia.
As causas do sucedido estão sob investigação, mas as primeiras informações indicam que um cabo terá prendido na hélice do barco de nove metros de comprimento, causado a aproximação à costa e o acidente.
O alerta para o naufrágio à entrada da barra da Nazaré foi dado para o 112 por um popular, às 19h21, e por comunicação para o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC Lisboa), recebida às 19h26.
Foram ativados a Estação Salva-vidas da Nazaré, elementos da Polícia Marítima da Nazaré, Bombeiros Voluntários da Nazaré e militares da GNR, num total de duas dezenas de elementos.
Dois dos tripulantes chegaram, pelos próprios meios, à praia de São Gião. Apresentavam sinais de hipotermia, quando foram auxiliados pelos bombeiros e transportados para o Hospital de Leiria, onde ficaram em observação até à manhã do dia seguinte.
Os outros dois tripulantes foram encontrados sem vida [22h00] pela operação de buscas, coordenadas pelo capitão do porto da Nazaré, que envolveu uma aeronave da Força Aérea Portuguesa e duas embarcações (uma draga e uma de pesca) que se encontravam na zona.
Um dos corpos foi encontrado junto à praia da Nazaré, de onde seria retirado pelos elementos da Polícia Marítima e pelos bombeiros, tendo o outro corpo sido avistado por uma das embarcações de pesca envolvida nas buscas e recolhido pelos tripulantes da Estação Salva-Vidas da Nazaré. Estava preso em cabos, na zona de rebentação.
Os óbitos foram declarados no local pelo delegado de saúde e os corpos foram transportados para o Instituto de Medicina Legal de Leiria para serem autopsiados.
O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado para prestar apoio aos familiares das vítimas, com idades entre 35 e 72 anos, da zona de Leiria, Marinha Grande e Batalha.
Uma das vítimas mortais era Lino Pereira, de 72 anos, da Marinha Grande, o mais experiente. A outra vítima mortal, João Fernandes, de 67 anos, era de Leiria.
Quanto aos feridos, Joaquim Santos, de 69 anos, proprietário do barco, tem carta de navegador de recreio até 40 milhas da costa, e é natural da Batalha. Isidoro Gonçalves, de 35 anos, é um sucateiro, na Batalha.
Os destroços do barco recolhidos pela Polícia Marítima da Nazaré fazem parte do processo de investigação às causas do acidente.
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