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Fundação Mário Botas abre para celebrar os 71 anos do nascimento do pintor

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A fundação Mário Botas abre as portas do edifício-sede para celebrar os 71 anos da data de nascimento do pintor e convida a população a celebrar a sua extraordinária vida. O Conselho de Administração da Fundação Mário Botas anunciou a primeira iniciativa pública a decorrer no seu edifício desde que este foi construído. “No dia […]

A fundação Mário Botas abre as portas do edifício-sede para celebrar os 71 anos da data de nascimento do pintor e convida a população a celebrar a sua extraordinária vida.

O Conselho de Administração da Fundação Mário Botas anunciou a primeira iniciativa pública a decorrer no seu edifício desde que este foi construído.

“No dia 16 de dezembro vamos fazer um conjunto de atividades para celebrar o nascimento de Mário Botas, contudo não se trata, ainda, da inauguração oficial”, referiu Ruben Cabral, presidente do Conselho de Administração. “Tendo em conta as condições que temos de momento, decidimos que o melhor seria fazer uma abertura gradual e esta iniciativa é o marco inicial desse caminho”.

O edifício tem cerca de 20 anos, mas vários motivos impediram que abertura acontecesse antes. Um dos últimos entraves teve que ver com a licença de utilização do edifício, o qual só recebemos há alguns meses”, informou o presidente da Fundação.

“É com enorme alegria que anunciamos esta iniciativa porque seria impensável, para nós, passar mais um ano sem celebrar a vida deste ícone da Nazaré”, referiu Samuel Fialho que faz parte de um grupo de voluntários que tem vindo, desde o início do ano, a colaborar com a Fundação.

Apesar da falta de apoios e de o edifício ainda não estar completamente capacitado para se fazer a inauguração integral, para Samuel Fialho “cada segundo que esta casa está fechada é um segundo indesculpável e inadmissível que só resulta na perda da memória que a comunidade tem de Mário Botas”.

“Apesar de ainda não termos condições para receber a obra do Mário Botas, isso não podia servir de desculpa para não abrirmos estas portas e voltar a colocar o nome do pintor na boca das pessoas”, sublinhou Samuel Fialho.

“Com esta primeira iniciativa pretendemos valorizar a obra, o homem, o médico e o mito que se criou à volta desta personagem”, referiu João Delgado, voluntário que também tem colaborado com a Fundação. “Para mim tem sido um enorme orgulho poder colaborar com este projeto que pretende responder àquilo que a comunidade espera de nós: devolver este espaço, devolver esta obra e devolver este homem à Nazaré”.

“Este projeto pode ser absolutamente revolucionário no plano da cultura ao nível local e pode abrir inúmeras portas para o futuro, nomeadamente para os nossos jovens que querem trilhar caminhos no sector das artes”, referiu João Delgado.

“Vamos explorar todas as opções por forma a garantir meios de financiamento que tornem possível a criação de postos de trabalho que garantam que esta casa funcione ao serviço da obra de Mário Botas e ao serviço da nossa comunidade”.

António Fialho, vogal do Conselho de Administração, voltou a frisar as insuficiências da Fundação: “elas radicam na falta de financiamento, de meios técnicos e de voluntariado”. “Pedimos apoio à autarquia para, através de um protocolo, nos ajudar com a contratação de quadros técnicos que permitam fazer o devido acompanhamento da obra de Mário Botas”, divulgou António Fialho. “Inclusivamente chegámos a ter reuniões no Ministério da Cultura onde nos foi prometido apoio técnico, no entanto nada disto se concretizou”.

“De há três anos para cá temos contactado com a Câmara Municipal da Nazaré e temos apresentado propostas, porque entendemos que o Museu Mário Botas é um projeto que deve envolver não só a Fundação, mas, sobretudo, a autarquia. Só que notamos que, até hoje, nenhuma das nossas propostas ou pedidos obtiveram ‘feedback’”, lamenta António Fialho.

“Não temos tido apoio nenhum da autarquia. Isto tem de ser dito”, referindo ainda que a Fundação tem obtido “posições negativas em relação ao voluntariado” que tornou possível, finalmente, a abertura do edifício.

“Ao encontro de Mário Botas” é o nome da iniciativa que irá acontecer no dia 16 de dezembro, pelas 15 horas, no auditório da Fundação, e irá contar com momentos musicais, projeção de fotografias inéditas do pintor e um painel de discussão composto por Raquel Henriques da Silva (historiadora de Arte), Dóris Santos (Diretora do Museu Nacional do Traje), José Maria Trindade (antropólogo) e Célia Quico (professora universitária).

“Este é o início de um caminho que tem como meta o regresso das obras de Mário Botas à sua casa, facto que deverá acontecer em abril de 2024”, informou Samuel Fialho, acrescentando que a ideia não é abrir portas no dia 16 de dezembro e voltar a fechá-las durante mais três meses à espera que a exposição esteja preparada. Temos a ambição de organizar, pelo menos, uma iniciativa por mês em torno do vasto universo temático da obra de Mário Botas”.

Mário Botas faria 71 anos em 23 de dezembro deste ano, mas devido ao período natalício, o primeiro evento foi antecipado uma semana. Entre o dia 17 e o dia 22 irão decorrer microiniciativas. Na data do nascimento do artista, o Conselho de Administração irá visitar a sua campa, no cemitério da Pederneira, na Nazaré, onde colocará uma coroa de flores, seguido de um minuto de silêncio.

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