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Antigas Escolas Primárias da Nazaré exibem novo mural de arte

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Um novo mural nasceu numa das fachadas da Escola Primária da vila, atualmente ao serviço da Escola Profissional da Nazaré. É da autoria de Tamara Alves e YZ Yseult Digan A antiga fachada branca das antigas escolas de ensino básico da praia da Nazaré, voltada para uma das vias rodoviárias mais movimentadas, deu lugar a […]

Um novo mural nasceu numa das fachadas da Escola Primária da vila, atualmente ao serviço da Escola Profissional da Nazaré. É da autoria de Tamara Alves e YZ Yseult Digan

A antiga fachada branca das antigas escolas de ensino básico da praia da Nazaré, voltada para uma das vias rodoviárias mais movimentadas, deu lugar a um novo mural, da autoria de Tamara Alves e YZ Yseult Digan.

A peça colaborativa de Tamara Alves e YZ, artistas reconhecidas pelo domínio da pintura e do desenho, é um diálogo concretizado num grande mural, combinando as suas diferentes linguagens numa só.

“Em termos de conceito, a inspiração reside na Nazaré e nas suas tradições, nomeadamente, a tradição centenária do peixe seco. Esta tradição pode estar em risco e acreditamos que expô-la a todas as pessoas poderá ajudar a sensibilizar para a preservação da mesma”, refere o projeto de Arte de Rua, Underdogs.

A peça, agora concluída, “surge com a intenção de ser uma extensão da exposição permanente do Centro Cultural da Nazaré, com a essência e informação sobre a preservação e promoção da tradição do peixe seco. A peça é dívida. Do lado esquerdo apresenta-se a intervenção da artista francesa, YZ, que pintou o retrato de uma das vendedoras de peixe seco na Praia da Nazaré. Do lado direito, a artista portuguesa, Tamara Alves, pintou a outra metade da face, uma figura feminina jovem, sem identidade. As duas metades, representam a relação entre as tradições antigas e as novas gerações.

YZ procura questionar a perda das tradições ancestrais e o que seria o presente e o futuro se estas tradições se mantivessem tão ativas. Por sua vez, Tamara Alves representa as novas e futuras gerações, as que já nasceram num mundo com mais oportunidades, onde existe a preocupação de criar novas narrativas e onde as mulheres têm o controlo das suas escolhas.

Esta manifestação artística surge no âmbito da Temporada Cruzada 2022 da Underdogs e do seu projeto “(sem) fronteiras”, um programa de arte pública desenvolvido em parceria com o Instituto Francês, que é um hino ao intercâmbio entre os dois países, apontando no sentido de um espaço europeu que estimule o estabelecimento de relações recíprocas entre pessoas e ideias.

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