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Pertence aos 35% dos portugueses que gostaria de ter o seu próprio negócio?

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Mais de um terço dos portugueses tem alma de empreendedor.

Mais de um terço dos portugueses tem alma de empreendedor.

Esta é a principal conclusão do estudo TGI da Marktest que nos diz que 3,549 milhões os portugueses gostariam, um dia, de ter um negócio por conta própria, número que representa 41,4% dos residentes no Continente com 15 e mais anos.

Este número corresponde, de acordo com a Marktest, ao número de indivíduos que, relativamente à frase “Gostava de um dia ter o meu próprio negócio”, indicaram as opções “Concordo Totalmente” ou “Concordo”.

A veia empreendedora acaba por revelar-se, sobretudo, nas faixas etárias mais jovens com 62,7% dos inquiridos entre os 15 e os 24 anos a revelarem querer abrir o seu próprio negócio. Esta percentagem vai depois diminuindo progressivamente até aos 18,6% registados na faixa etária de 65 e mais anos.

Já entre as classes sociais, as mais baixas são quem mais se destaca, sendo este o grupo populacional onde a frase regista a maior concordância, com 44,2% a aspirarem a ter o seu próprio negócio.

Os dados deste estudo da Marktest acabam por ir ao encontro da Portugal SME Fact Sheet 2021, que revela que o nosso país apresenta um desempenho acima da média da EU no que diz respeito ao empreendedorismo, tendo vindo a alcançar progressos significativos desde 2008.

Contudo, apesar do empreendedorismo representar uma componente fundamental numa economia de mercado globalizada e competitiva, enquanto impulsionador do emprego e do crescimento económico, ser empreendedor não é fácil, a começar desde logo pela necessidade de financiamento.

Principais apoios ao empreendedorismo e à criação de empresas existentes em Portugal

Se faz parte dos 35% de portugueses que gostaria de criar o seu próprio negócio, mas os seus sonhos são atrasados pela falta de dinheiro, tome nota da lista dos principais apoios ao empreendedorismo e à criação de empresas existentes em Portugal.

PAECE – Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego do IEFP

Este programa de apoio ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego – PAECE, do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) compreende três medidas de apoio: apoio à criação de empresas, plano nacional de microcrédito e apoio à criação do próprio emprego por beneficiários de prestações de desemprego.

No caso do apoio à criação de empresas, este destina-se à criação de empresas de pequena dimensão, com fins lucrativos, independentemente da respetiva forma jurídica, disponibilizando para o efeito duas linhas de crédito (MICROINVEST e INVEST+) que disponibilizam entre 20 mil e 100 mil euros (95% do investimento e 50 mil euros por posto trabalho criado a tempo completo) com prazos de pagamento de 7 anos, com 2 anos de carência de capital e 1 ano de bonificação integral de juros.

Para poder usufruir deste apoio, os empreendedores devem estar inscritos nos Centros de Emprego do IEFP e cumprirem uma série de requisitos, entre os quais se contam a necessidade de serem desempregados inscritos há 9 meses ou menos, em situação de desemprego involuntário ou inscritos há mais de 9 meses, independentemente do motivo da inscrição ou jovens à procura do 1.º emprego com idade entre os 18 e os 35 anos.

Já o Plano Nacional de Microcrédito destina-se a todos aqueles empreendedores em situação de desemprego, que tenham especiais dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social, o Plano Nacional de Microcrédito garante a estas pessoas linhas de acesso ao crédito com garantia e bonificação da taxa de juro nos termos da MICROINVEST (cobertura total de investimentos até 20 mil euros com prazos de pagamento de 7 anos, com 2 anos de carência de capital e 1 ano de bonificação integral de juros).

Por último, o apoio à criação do próprio emprego por beneficiários de prestações de desemprego destina-se a beneficiários das prestações de desemprego que apresentem um projeto que origine, pelo menos, a criação do seu emprego a tempo inteiro.

Em termos financeiros, esta medida permite que o empreendedor beneficie do pagamento antecipado do montante global das prestações de desemprego, isoladamente ou em cumulação com crédito bonificado e garantido (MICROINVEST ou INVEST+).

Crédito Pessoal e Linha de Crédito UNIBANCO

Caso não se enquadre nos requisitos e opções de investimento patrocinadas pelo IEFP, não fica de mãos a abanar.

Uma larga fatia dos empreendedores acaba por confiar no crédito pessoal para a concretização dos seus planos profissionais, uma vez que, de forma simples e rápida, este instrumento de crédito oferece ao consumidor entre 250 euros e 75 mil euros, dinheiro que pode ser utilizado para qualquer fim, inclusive, como referimos, a criação do próprio emprego.

Para além da sua abrangência e da competitividade das suas taxas de juro, o crédito pessoal assume-se ainda como uma solução bastante rápida decorrente do processo de digitalização dos serviços financeiros dos bancos portugueses.

A solução de crédito pessoal do UNIBANCO, marca da instituição financeira de crédito – UNICRE, dá ao cliente a possibilidade de ter acesso a um simulador de crédito pessoal, que lhe permitirá calcular os valores de mensalidade para empréstimos entre €5.000 e €75.000 cruzando-o com o prazo em que pretende fazê-lo (entre 24 e 84 meses) e as taxas de juro específicas para cada escolha.

A par do crédito pessoal, o UNIBANCO disponibiliza a linha de crédito UNIBANCO que serve de apoio a novos empreendedores através da transferência para a sua conta à ordem de montantes entre 500 e 4.500 euros, com a possibilidade de escolher entre 4 datas de pagamento disponíveis: dia 7, 15, 22 ou 29 de cada mês.

Como o empreendedorismo não está apenas relacionado com a criação de novos negócios, mas também com a capacidade de encontrar novas soluções em empresas já estabelecidas, este financiamento pode ser utilizado na adoção de tecnologias que permitam ao negócio adaptar-se aos hábitos de consumo dos portugueses e, consequentemente, vender mais, como é o caso dos meios de pagamento REDUNQ (online e físicos).

Se o objetivo passa por aproveitar potencialidades do E-Commerce, os empreendedores encontram na REDUNIQ um par de soluções de pagamentos online ajustadas não só aos hábitos dos consumidores, como também às necessidades específicas de cada negócio fazendo com que estes últimos aumentem o seu volume de vendas, como é o caso do REDUNIQ E-Commerce e do REDUNIQ@Payments.

Investe Jovem do IEFP

Como refere o estudo da Marktest, as faixas etárias mais jovens são aquelas que mais desejam abrir o seu próprio negócio.

Para estes jovens, o IEFP criou o Programa Investe Jovem que oferece apoio aos empreendedores mais jovens não só na criação do próprio emprego, como também apoio técnico na área do empreendedorismo para reforço de competências e para a estruturação do projeto, bem como à consolidação do mesmo.

Em termos financeiros, este programa apoia em até 75% do investimento total elegível até um máximo de 100 IAS (Indexante dos Valores Sociais).

Para se poder ter acesso a este apoio, é necessário estar inscrito como desempregado no IEFP; ter idade superior a 18 anos e inferior a 30 anos (à data da entrega da candidatura); e possuir uma ideia de negócio viável e formação adequada para o desenvolvimento do negócio.

IAPMEI

O IAPMEI, Agência para a Competitividade e Inovação, coloca ao dispor dos empreendedores portugueses três sistemas de incentivos principais, que correspondem a três domínios de desenvolvimento empresarial:

  • Inovação Empresarial e Empreendedorismo
  • Qualificação e Internacionalização das PME
  • Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

O grande objetivo da agência é potenciar o desenvolvimento das empresas nacionais, tornando-as competitivas, através de incentivos financeiros que podem assumir duas modalidades: Incentivo Não Reembolsável (a fundo perdido, mediante o cumprimento de objetivos definidos em contrato); e Incentivo Reembolsável (empréstimo sem juros, mediante condições de reembolso definidas em contrato).

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