Valado dos Frades está sem médicos de família no posto de saúde local e saiu à rua em protesto no passado sábado por iniciativa da Junta de Freguesia, liderada por Samuel Oliveira (CDU).

“Até novembro foram sendo colocados médicos substitutos, no mês de dezembro foi colocado um durante quatro dias e no mês de janeiro uma médica durante 2h30, num mês inteiro. Em fevereiro nenhum médico foi colocado no Valado. Tivemos conhecimento que foi indicado um médico substituto para dois dias por semana durante o mês de março, o que continua a não ser suficiente,” explicou o autarca.

A Junta de Freguesia do Valado tem vindo a intervir sobre o caso junto do ACES oeste-norte, sempre na procura de uma resposta definitiva para a população em matéria de cuidados de saúde primários, mas nenhuma foi, até à data, satisfatória. Metade dos utentes do posto de saúde está, por isso, sem acesso a médico de família.

“Como presidente da Junta de Freguesia de Valado dos Frades quero garantir que se as respostas às nossas preocupações não forem efetivas para a resolução dos problemas, a Junta unir-se-á à sua população, sairá à rua e desencadeará as lutas necessárias para que esta questão seja ouvida até ser resolvida”, tinha deixado claro o autarca ainda durante a última assembleia municipal.

Uma das provas de insatisfação da população foi a manifestação do passado sábado, doa 7 de março, que reuniu cerca de uma centenas de fregueses de Valado dos Frades.

A Câmara tem estado a acompanhar o assunto em permanência e aguarda pelo desfecho do Concurso do ACES oeste-norte para o preenchimento da vaga de médico naquela unidade de saúde.

Sobre a atual situação, criada desde a reforma da médica que ali estava colocada e a sucessão de tentativas falhadas de preenchimento da vaga através de concursos abertos pelo ACES, o pelouro da Saúde na Câmara Municipal defende, como solução, que a USF Global assuma a Unidade do Valado e, através da rotatividade de médicos, assegure os cuidados de saúde primários à povoação.

Não é a primeira vez que a Junta de Freguesia se sente na necessidade de protestar contra a falta de médicos no posto local de saúde.

No mandato anterior, sob gestão PS, o autarca chegou a fazer um protesto à porta do centro de saúde a exigir o funcionamento regular do posto.

Aguarda-se, agora, que o novo concurso para o preenchimento da vaga tenha sucesso e que atribua um médico de família a metade da população da freguesia que está, atualmente, a descoberto.