A marca Nazaré foi uma das convidadas do Seminário dedicado ao desporto, as suas potencialidades e os impactos em áreas como a economia, educação e a qualidade de vida, que decorreu, no passado dia 18 de fevereiro, na Mealhada.
Sob o tema “O desporto precisa de todos. Como?”, o evento juntou selecionadores nacionais, académicos, especialistas, técnicos e jornalistas do setor, que abordaram temáticas como: “O Desporto e a Educação”, “O desporto e os territórios intermunicipais”, “O dirigente Amador no desporto profissional” ou “Os municípios enquanto organizadores de desporto e de oferta desportiva
Walter Chicharro, Presidente da Câmara Municipal da Nazaré, foi um dos oradores do Painel 4 – Economia e Território, onde apresentou o caso da internacionalização da marca Nazaré.
O turismo foi, desde que iniciou o seu projeto autárquico, em 2013, um dos principais focos de intervenção, com a procura de soluções para esbater a sazonalidade da economia local, apostando na potencialidade do mar e do Canhão Submarino da Nazaré, mantendo vivas as marcas tradicionais, como o traje, a pesca, a gastronomia ou a religião.
O desporto é, também, uma das apostas de atuação, e “prova disso são os apoios aos clubes e à formação, ao desporto federado, e a projetos de alto rendimento”, mas também as infraestruturas, nas quais se têm feito investimentos com vista ao melhoramento do conforto e da oferta para potenciar, também, a prática de atividade desportiva.
“Os eventos desportivos são a marca mais internacional, e um fator de promoção da Nazaré, da Região Centro e do País” que surgiram na “lógica de quebrar sazonalidade e criar atratividade pelo desporto”.
O autarca explicou, ainda, que os grandes eventos desportivos contribuíram para uma forte comunicação internacional da marca, especialmente o Surf, fenómeno que puxou pelo debate sobre a transformação da vila numa referência do surf mundial e trouxe várias marcas ao local das ondas gigantes para a produção das suas campanhas publicitárias de produto.
“O surf de ondas grandes é um fenómeno, de 11 anos” e que este esteve na base do desenvolvimento de vários negócios locais e do crescimento do turismo, notório, entre outros aspetos, com a subida das vendas da marca Praia do Norte, detida pela Câmara, mas também pelo volume de visitantes ao Forte de São Miguel Arcanjo (1 milhão) e de utilizadores do Ascensor ( 1M) no período pré-pandemia, assim como pelas 120 nacionalidades registadas pelo atendimento e prestação de informação dos dois postos de turismo existentes.
“A ativação económica através do desporto é também a função disto tudo”, disse o autarca neste Seminário onde, através dos contributos deixados pelo painel de convidados, se procurou traçar o perfil atual do setor do desporto e alinhar orientações para o futuro.
O fenómeno desportivo é gerador de impactos a diversos níveis, nomeadamente económico, competitivo, social e na saúde. É, assim, de acordo com os oradores, um setor que pode introduzir e potenciar mudanças em diversos patamares da sociedade: do poder central às entidades operacionais e autárquicas, do setor público ao privado.
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