O autarca da Cela, Paulo Eusébio, tinha proposto a agregação a Ana Pisco no verão passado depois dos responsáveis da USF Pedro e Inês terem mostrado disponibilidade para assumirem a unidade da Cela, devido à recorrente falta de médicos, que se agravou com a passagem à reforma do médico que ali dava consultas, em junho.
“O Presidente da Câmara teve uma reunião com a presidente do ACES, Ana Pisco, que garantiu uma solução até ao final do ano”, segundo Paulo Mateus, acerca de um problema que deixou, desde a reforma do único médico que servia a unidade local, muitos utentes sem acesso a cuidados básicos, como as consultas de diabetes ou tensão arterial, bem como a prescrição de exames de diagnóstico ou receituário.
O reforço de médicos não é esperado naquela extensão: “Até ao final do ano, os utentes vão ser atendidos pelo único médico ali instalado”.
No verão, quando o problema foi apresentado ao Aces Oeste-norte, a diretora recusou assinar a documentação para que o processo avançasse, alegando, na altura, que o assunto era da competência da (ARSLVT).
Entretanto, no passado dia 9, dezenas de utentes do Centro de Saúde da Cela juntaram-se numa vigília como forma de protesto pela falta de médicos, tendo decidido agravar o protesto se o documento da incorporação do Centro de Saúde da Cela na USF Pedro e Inês não fosse assinado rapidamente.
Os utentes ameaçaram transferir os protestos para a porta do ACES Oeste Norte, nas Caldas da Rainha.
Após a manifestação de força, Ana Pisco informou os autarcas de Alcobaça que o processo iria avançar e que no início de próximo ano a Extensão de Saúde de Cela, passaria para a USF Pedro e Inês.
A Extensão de Saúde de Cela tem um total de 3.126 utentes inscritos, dos quais só 605 têm médico de família atribuído.
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