A decisão surge na sequência da contestação à direção por parte de cerca de três dezenas de bombeiros que, na noite de 4 de outubro, realizaram uma vigília à porta do quartel, onde depositaram os seus capacetes e colocaram uma faixa de protesto.
Durante o tempo em que durou a contestação à direção, os bombeiros suspenderam a atividade e os serviços da corporação foram assumidos por outras.
Os contestatários exigiam a convocação de novas eleições, alegando insatisfação com os órgãos sociais eleitos em setembro que acusaram de ser “uma continuidade com a anterior gestão”, com a qual não concordavam.
O comandante dos Bombeiros, António Paulo, enaltece a decisão de demissão da direção, que pode levar ao fim de uma situação de instabilidade no quartel, e que obrigou à intervenção de corporações de São Martinho do Porto, Caldas da Rainha, Rio Maior ou Alcobaça a ações de socorro e transporte de doentes na área de intervenção da Benedita.
Durante cerca de dez dias houve necessidade pedir apoio a corporações vizinhas para o transporte de “pessoas que precisam de cuidados regulares”, como é o caso de doentes oncológicos e hemodialisados. “São doentes específicos que precisam de tratamentos a dias e horas certos”.
Após o anuncio de renuncia de mandato, os voluntários começaram a regressar às suas funções.
“O pessoal já começou a prestar serviço e a regressar às suas funções”, assegura o comandante.
Um novo ato eleitoral está agendado para o dia 6 de dezembro. José Vicente, presidente demissionário, explica que sai do cargo para “bem da associação, e da população que a associação representa, embora seja antidemocrático, e pode provocar brechas para o futuro, entendemos que devíamos agir assim porque não estamos agarrados ao lugar. Queremos que a corporação sirva bem a população.”
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