“Não podem os órgãos sociais desta associação, que tanto tem contribuído para a informação, formação e estruturação das nossas empresas, deixar de registar o seu descontentamento por só agora, passados 9 meses desde o início da pandemia, terem sido convocados a dar o seu contributo a uma estrutura sob alçada do executivo municipal”.
A insatisfação dos comerciantes sobe por, ao nível da definição de políticas públicas para mitigar os efeitos da pandemia, “nunca a ACISN foi consultada durante todo este tempo”.
A ACISN garante que desde o primeiro momento demonstrou toda a sua vontade e abertura para ajudar no que fosse necessário e que pediu duas reuniões para o efeito.
“Reunimos com representantes do executivo duas vezes reiterando a mesma vontade e posição. E da parte do executivo nunca houve um convite, uma consulta uma tentativa de aproximação”.
A direção da ACISN refere que, neste período de tempo, “há a registar uma exceção, que visou cumprir uma mera formalidade: já depois do projeto ter sido lançado publicamente, a ACISN foi abordada para dar a sua contribuição sobre o mesmo – a plataforma digital “Nazaré, Mercado Local”. Mesmo depois de nos chegar um projeto “fechado”, não deixámos de dar os nossos contributos continuando a receber como resposta um enorme silêncio”.
A ACISN reforça, na carta, a sua vontade e “disponibilidade para trabalhar em prol da coesão de todo o concelho tendo em conta as suas responsabilidades e as mais de 400 empresas que representa, exigindo por isso respeito e consideração por tudo o que significa a própria Associação e seus associados”.
Na reação à comunicação dos comerciantes, o Presidente da Câmara assegura que continuará “a auscultar todos sempre que as circunstâncias o exigirem, e a tomar as decisões para a dinamização do nosso território”.
“O Município da Nazaré permanece determinado em apoiar o seu tecido empresarial e comercial, no alinhamento do que tem sido nossa missão desde que assumimos funções, e irá ficar a seu lado neste contexto de pandemia porque acreditamos que cada um de nós poderá gerar a mudança de hábitos de consumo a longo prazo, focando a atenção na proximidade, reduzindo custos financeiros e ambientais de deslocações”.
Walter Chicharro adianta que se estão a estudar “novas formas de atração de mais consumidores ao comércio de proximidade. Todos os comerciantes e empresas dos vários sectores serão chamados para conhecer a solução em implementar com vista a promover e ajudar quem está sempre ao nosso lado, todo o ano, ao longo de décadas: o comércio local”.
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