O Município da Nazaré solicitou uma reunião com a DGS, na sequência das diretivas que tornou públicas e que levaram à proibição da prática de Tow-In na Praia da Norte.
A autarquia pretende garantir o regresso da modalidade, que tanto projetou a Nazaré e Portugal no mundo, ao mesmo tempo que se garantirá o escrupuloso cumprimento das regras implementadas pela pandemia que vivemos e a sobrevivência das dezenas de profissionais (surfistas, spotters, fotógrafos, videomakers, hoteleiros, etc).
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Walter Chicharro, “o objetivo dessa reunião será o de apresentar um plano de contingência, desenvolvido em conjunto com a proteção civil, Bombeiros Voluntários da Nazaré, PSP e Capitania do Porto da Nazaré, no âmbito do qual pretendemos condicionar todos os acessos às zonas de assistência – praia, estrada do farol, etc. – restringindo o acesso a um máximo de duas mil e quinhentas pessoas, que ficarão distribuídas pela zona do farol, da encosta e no areal da própria praia.”
O objetivo da Autarquia é reduzir os acessos a apenas três pontos, com contagem cumulativa e em tempo real, enquanto funcionários da autarquia, agentes da Polícia Marítima e da PSP patrulharão toda a zona de público, de forma a fazer cumprir as regras em vigor.
Walter Chicharro não coloca de parte o recurso a segurança privada, “de forma a que as forças da autoridade fiquem disponíveis para tarefas de fiscalização e cumprimento da lei que lhes estão, naturalmente, reservadas.”
A autarquia, que assumirá todos os custos envolvidos, pretende ainda garantir que as próximas sessões de Tow-In tenham transmissão on-line nas plataformas do município, de forma a que não seja quebrada a ligação ao mundo.
Para Walter Chicharro “o investimento que a câmara municipal e Portugal têm feito na globalização deste fenómeno, nomeadamente com a campanha do Turismo de Portugal na Times Square (Nova Iorque) com a onda da Nazaré, e com o apoio dos surfistas que procuram a Nazaré em busca das ondas da sua vida e de baterem recordes, tem de ser respeitado, ao mesmo tempo que temos de garantir um eficaz controlo de acessos e imposição das regras sanitárias por parte de quem queira assistir, e assim fazer com que os surfistas possam sair para a água”.
A autarquia reagiu, assim, ao despacho da Capitania do Porto da Nazaré, que interditou a Praia do Norte a qualquer atividade de surf, com base num parecer negativo das autoridades de saúde, alegando perigo para a saúde pública.
No despacho, o Capitão do Porto, Zeferino Henriques, interdita as atividades de Free Surf e Tow-in Surfing”, baseando a proibição num parecer do Delegado de Saúde Regional da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, tomada devido “à promoção da aglomeração de público, que constitui um risco acrescido para a saúde pública”, no atual contexto de pandemia da covid-19.
O Presidente da edilidade, Walter Chicharro, defende que “o trabalho dos profissionais das ondas gigantes pode ser feito com o estrito controlo de quem pretende assistir às sessões de free-surf”, procurando conseguir com a apresentação do Plano de Contingência “garantir o regresso da modalidade, que tanto projetou a Nazaré e Portugal no mundo, ao mesmo tempo que se garantirá o escrupuloso cumprimento das regras implementadas pela pandemia que vivemos e a sobrevivência das dezenas de profissionais”, como surfistas, ‘spotters’, fotógrafos, produtores de vídeo e hoteleiros, entre outros.
O plano de Contingência do local, que será apresentado na reunião com a DGS, aponta para entradas controladas e limitadas à Praia do Norte, e locais definidos para a assistência à prova.
“Walter Chicharro irá garantir “um eficaz controlo de acessos e imposição das regras sanitárias por parte de quem queira assistir” numa tentativa de garantir que os surfistas possam sair para a água.
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