Confraria da Nazaré foi selecionada para acolher jovens refugiados

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A Confraria de Nossa Senhora da Nazaré foi uma das cinco instituições nacionais escolhidas para integrar o projeto europeu de acolhimento a Crianças e Jovens Estrangeiros não Acompanhados (CJENA).

“Este projeto tem a ver com um compromisso que o Estado Português assumiu dentro do quadro da União Europeia no que diz respeito à questão dos refugiados, tendo assumido o acolhimento de 500 jovens não acompanhados até ao final de 2021.Foi aberta uma consulta a instituições interessadas em integrar este projeto para que manifestassem o interesse em participar”, explica Nuno Batalha.

A confraria manifestou o seu interesse e das 70 entidades a nível nacional que se pronunciaram favoravelmente, a IPSS da Nazaré tornou-se numa das 5 escolhidas.

“Vamos acolher entre 50 a 55 jovens, por ciclos, oriundos dos campos de refugiados gregos, que no período convencionado, destes 22 meses, passarão pela instituição”, refere o presidente da Mesa da Confraria.

Cada um dos jovens deverá permanecer na instituição escolhida entre 3 a 6 meses. A Confraria é a única no distrito de Leiria a entrar neste sistema.

“Os primeiros jovens deveriam ter chegado no final do mês de setembro, mas o incêndio no campo de refugiados acabou por atrasar o processo burocrático, bastante moroso, que passa pela requisição de asilo político” e que atende a várias questões sensíveis, desde logo a sua menoridade e situação de perigo, razão pela qual estarão sob alçada dos Tribunais de Família e Menores e Ministérios.

A sensibilidade do tema tem sido o motivo sua resolução estar a ser feita ao nível governamental.

“Tem sido resolvido ao mais alto nível para que o processo resulte. Por exemplo, será o Ministério da Educação a tratar da escola que vai acolher os jovens para aprenderem a língua de acolhimento, tal como, ao nível da saúde, será o Ministério da Saúde a contactar o ACES Oeste Norte para esse efeito. Vamos ser acompanhados pelos vários organismos para que o projeto tenha uma ação rápida”.

De acordo com o responsável pela Confraria, “o objetivo é que estes jovens sejam acolhidos pela entidade que irá preparar a sua primeira integração, tendo as instituições de acolhimento o papel de diagnosticá-los a nível da saúde, literacia, cultura, para que se possa estudar um projeto de vida para onde deverão ser encaminhados rapidamente, encurtando, assim, o período de institucionalização de cidadãos já bastante traumatizados pela vida e pelos acontecimentos.

Muitos destes 500 menores estrangeiros chegaram aos campos de refugiados sem qualquer documento do país de origem. Para referenciar o percurso escolar do requerente, será considerada, por referência, a idade e o correspondente ano de escolaridade ou ciclo de ensino.

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