A empresa decidiu vir a público “repor a verdade dos factos e esclarecer que os problemas financeiros se arrastam há mais de 20 anos”, tendo a aquisição da marca, em 2010, por outro grupo económico, “evitado o seu enceramento nesse ano”.
“Foram preservados os postos de trabalho e a indústria produtora de porcelana”, refere a empresa em comunicado.
Ainda no mesmo documento, a empresa esclarece que nos últimos 10 anos, mesmo num ambiente de crise económica sem precedentes, “a empresa fez conquistas e vem lutando para melhorar os seus resultados”.
A epidemia veio alterar o panorama, encerrando os mercados para onde a empresa expandia os seus negócios.
“Lamentavelmente, a conjuntura alterou-se drasticamente obrigando a empresa a fazer face a uma queda abrupta de actividade. Neste sentido aparece o recurso ao Layoff, sendo este o único apoio de que a empresa beneficiou neste momento adverso, pese embora a SPAL seja detida em 35% pelo Estado, sob gestão da PME Investimentos”, clarifica.
A SPAL admite ter encetado negociações com alguns funcionários para a sua saída “de modo a conseguir preservar os cerca de 260 trabalhadores que continuarão na empresa”.
Estes esclarecimentos surgem na sequência de um comunicado conjunto das concelhias da CDU de Alcobaça e Nazaré, emitido no final de julho, sobre a situação de ” 180 trabalhadores (num universo de 300)” que receberam a informação do prolongamento da suspensão do seu contrato de trabalho até final de agosto, “podendo esta suspensão ser prorrogada”.
Segundo os comunistas, a empresa sustenta a opção com quebras nas vendas, resultados negativos acumulados, que só em 2019 foram superiores a dois milhões de euros, e dívidas à Segurança Social e à banca.
“Entende o PCP que os trabalhadores em nada contribuíram para este cenário, nem podem ser penalizados por responsabilidades que só podem ser acercadas à administração da empresa e às consequências do surto epidémico”, é referido no comunicado.
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