O tema da cerâmica foi assunto da tese de doutoramento, defendida em 2016, e deverá sair, ainda este ano, em livro.
“Estamos em conversações com uma editora. Esta obra é sobre a contribuição do professor Domingos Vandelli, italiano que veio para Portugal no tempo de Marques de Pombal, e que fez evoluir a cerâmica no país, pois foi ele que fez introduzir a louça pó de pedra, o cor-de-laranja e o verde ervilha na pintura cerâmica, coisa que não existia na época, e foi ele que esteve por trás da entrada da Porcelana no nosso país”.
A coleção da família Pereira de Sampaio tem no seu espólio, e exposto no Museu de Alcobaça, cerca de 80 peças da lavra de Domingos Vandelli.
Já sobre Ana Maria Botelho, uma pintora portuguesa, filha de José Honorato Gago da Câmara de Medeiros, 3.º visconde do Botelho, o livro abordará as várias facetas de uma mulher com fortes ligações a Alcobaça.
“Foi uma mulher que Alcobaça estimou muito, que foi uma grande pintora, uma grande poetisa, mas era acima de tudo uma grande mulher, de uma grande generosidade, que adorava Alcobaça, onde passou grandes temporadas, sobretudo na casa da família Pereira de Sampaio. Morreu há dois anos. Tenho esse projeto em mãos, basicamente pronto, para poder entrar e gráfica”.
Os dois projetos literários deverão ser publicados ainda durante 2020.
Recentemente, o autor alcobacense publicou a seu 40º livro dedicado a Virginia Vitorino, que resulta de uma investigação de 30 anos. Saiu uma obra com uma bibliogafia grande, com mais de 800 notas de rodapé e 330 páginas.
“No tempo em que as mulheres não tinham direito ao voto, foi condecorada por 3 vezes pelo Estado Português (ordem de São Tiago (2 graus) e Ordem de Cristo) e condecorada com a cruz de Afonso XII de Espanha, pelos Reis de Espanha. Foi a escritora que mais vendeu nos anos 20”.
Depois do congresso da ADEPA em 2019 em Alcobaça, a poetisa está na ordem do dia lá fora.
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