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Alcobaça

No Dia Municipal da Educação debateu-se a Arte como fomento do pensamento crítico e da cidadania

Paulo Alexandre

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Para assinalar a primeira aula pública realizada em Portugal, mais precisamente no Mosteiro de Alcobaça, a 11 de janeiro de 1269, a Câmara Municipal de Alcobaça propôs à comunidade, no passado sábado – Dia Municipal da Educação – um debate sobre o Poder Transformador da Arte e a sua relação com a Educação.

“O Dia Municipal da Educação pode e deve ser um momento de reflexão sobre o queremos para o Ensino em Portugal e em particular para o nosso concelho. Em Alcobaça, vive-se a Educação de forma muito ativa. Temos uma comunidade com quase 6000 alunos, temos 4 Universidades Seniores e dois Centros “Qualifica”. Temos também mais de 100 associações culturais em plena atividade, que trabalham as artes e a cultura de forma quotidiana. Todas estas entidades podem e devem colaborar no sentido de fortalecer a nossa coesão territorial e social, mostrando que a Cultura, as Artes e o Ensino são alicerces essenciais da Cidadania”, afirmou a Vereadora da Cultura Inês Silva, na abertura do debate que moderou juntamente com João Mateus, da Academia do SIM.

A Arte como motor do pensamento crítico e da cidadania foi uma das principais ideias veiculadas durante a sessão. Parafraseando Sophia de Mello Breyner Andresen, a subcomissária do Plano Nacional das Artes, Sara Brighenti, uma das personalidades convidadas para integrar o painel de discussão, relembrou que “a arte não deve ser vista como um enfeite mas sim como um agente de mudança e de transformação da vida. É um erro separar os domínios da vida e da arte, como se fossem coisas distintas e independentes. A arte ajuda-nos a alimentar o nosso pensamento crítico e faz as sociedades evoluírem.”

Para a alcobacense Sara Matos, diretora do Atelier-Museu Júlio Pomar, “a Arte não é um consumível. Demora tempo a produzir o seu efeito. Ela mostra a ambiguidade da vida e ajuda-nos a diluir as nossas ideias préformatadas que constituem verdadeiros obstáculos à nossa capacidade de transformação da sociedade. Não nos podemos cingir ao que está previamente estabelecido como certo ou errado. A vida é muito mais do que isso. Devemos constantemente tentar partir do ponto zero.”

O músico alcobacense Leonardo Batista deu o exemplo do “excesso de formatação e padronização da actual indústria musical que deixa pouco ou nenhum espaço para o erro humano. A música é uma arte humana que nos ajuda a perspectivar a vida de diferentes formas. A industrialização da música e da arte é também um obstáculo ao pensamento crítico”.

A jovem autora Maria Francisca Almeida Gama destacou a descoberta que fez aos 15 anos quando decidiu começar a escrever: “percebi que os meus livros são a minha maneira de comunicar com os meus leitores, fazendo-os pensar e reflectir sobre os principais problemas da juventude que me inquietam como por exemplo o bullying. Neste sentido, sinto que estou a contribuir para a reflexão sobre determinadas questões que devem ser abordadas de forma livre para que a sociedade consiga evoluir.”

Com a inclusão de Alcobaça na Rede de Cidades de Aprendizagem da UNESCO (clique aqui), estes debates (think tanks) irão ser uma constante durante o ano de 2020, no âmbito do plano de ação do Município ao nível da Educação, estando já previstas mais quatro sessões temáticas exploratórias para o Mês da Juventude (28/02 – 28/03) – consulte o programa completo do Mês da Juventude na agenda cultural ARCA

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