Para esta edição mudará a forma de entrada no Mosteiro, que se fará pela Igreja do Mosteiro.
A mostra contará com uma tenda que albergará os expositores de licores situada na Praça D. Afonso Henriques – a “Botica dos Monges”.
A doçaria conventual portuguesa tem origem nos seus conventos e mosteiros. Pelas mãos dos frades e freiras, monges e monjas, criaram-se doces verdadeiramente divinais.
Foi a partir de 1834, com a extinção das ordens religiosas, que as receitas saíram dos conventos e passaram de mão em mão, de geração em geração, para que, hoje, para nossa “devoção”, as deliciosas receitas de doces conventuais permaneçam bem vivas na nossa mesa.
Os doces conventuais sempre estiveram presentes nas refeições, por vezes parcas, por vezes faustosas, que eram servidas nos conventos e nos mosteiros. Os muito apreciados licores, destilados a partir de bagas e de várias plantas, eram usados para fins medicinais.
Os ingredientes principais desta doçaria requintada, feita de amor, labor, dedicação e muita paciência, são as gemas, o açúcar e as amêndoas.
Foi a partir do século XVI, com a expansão do comércio do açúcar, que os doces atingiram maior notoriedade. O açúcar possibilitava obter vários pontos de calda e as mãos sábias dos que o trabalhavam pacientemente, durante largas horas de experiências, perceberam que os pontos de calda também permitiam a conservação dos doces.
Os nomes dos doces conventuais derivam da cultura católica e da vida monástica: são as “barrigas de freira”, os “papos de anjo”, o “toucinho-do-céu”, nomes celestiais que tão bem conhecemos.
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