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Julgamento de homicídio em escola com desfecho em abril

Francisco Gomes

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O Ministério Público do Tribunal de Leiria pediu uma pena de prisão não inferior a 20 anos e seis meses para o homem que matou com seis tiros e uma facada o seu ex-sogro, a 29 de janeiro do ano passado, no átrio da Escola Básica e Secundária Amadeu Gaudêncio, na Nazaré, onde tinha ido ver o filho mais novo.

Gilberto Domingues, de 38 anos, que disse que nunca teve intenção de cometer o crime e afirmou-se arrependido, é acusado da prática de um crime de homicídio qualificado, um crime de ofensa à integridade física qualificado e um crime de detenção de arma proibida.

Na manhã em que se verificou o homicídio, tinha ido à escola onde andava o seu filho mais novo, de doze anos, e cruzou-se com o ex-sogro, José Lopes Amorim, de 67 anos, e a ex-mulher, de 32 anos. Alegou ter sido confrontado verbal e fisicamente pelo ex-sogro e que tentou ignorá-lo, relatando que se sentiu ameaçado quando José Lopes Amorim terá metido a mão no bolso das calças, por suspeitar que estivesse armado. Foi aí que o esfaqueou no abdómen e depois disparou, porque a ameaça se mantinha, contou.

Diz que se entregou de seguida a um polícia que estava no portão. O arguido, que se encontra em prisão preventiva, explicou que se encontrava armado porque estava a ser ameaçado pelo ex-sogro.

A ex-mulher relatou, no entanto, outra versão, acusando-o de nunca ter aceite o divórcio há vários anos e estar em divergência por causa da custódia dos filhos, de doze e quinze anos. Disse ainda que ele já a havia ameaçado, assim como ao seu pai, para além de ter danificado dois carros dela.

Segundo a acusação do Ministério Público, na altura da discussão no interior da escola os dois homens envolveram-se em confronto físico mútuo e a mulher foi atingida ligeiramente na face esquerda por um golpe de faca desferido pelo suspeito, que depois de igualmente esfaquear o ex-sogro, acertou-lhe no abdómen com dois disparos. Empunhando a arma na direção da ex-mulher, fez outros dois disparos, vindo a atingir novamente o ex-sogro, que se tinha colocado à frente da filha. No chão, José Lopes Amorim voltou a ser alvejado com mais dois tiros na cabeça.

Ao agressor foram-lhe apreendidos um revólver de calibre.32 e quinze munições do mesmo calibre, para além de duas armas brancas.

A defesa alegou que o arguido “fez uma asneira” por estar perturbado por não poder visitar os filhos. A leitura do acórdão está marcada para 9 de abril.

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