Folhetos promocionais chegaram às caixas de correio dos nazarenos na semana passada, motivando a estranheza do movimento cívico, porque “a Câmara Municipal da Nazaré diz publicamente que a decisão final do concurso ainda não está tomada, no entanto, “alguém” dá já a decisão como finalizada há muito tempo”.
Para o movimento, “transformar a Nazaré num parque de diversões não é o caminho do desenvolvimento nem da sustentabilidade. Irá prejudicar o nosso património, a nossa paisagem, a nossa identidade. Queremos um debate público, aberto e transparente”.
“Consideramos que a instalação da tirolesa irá interferir destrutivamente no património geológico e na paisagem do promontório e praia, imagem icónica da Nazaré. Igualmente põe em causa o ecossistema da fauna e flora existente no local”, sustenta.
“Será que é um dado adquirido que vai atrair mais turistas? E quantas pessoas se sentirão incomodadas e deixarão de ir à praia, quer seja por receio de falta de segurança, quer seja pelo incómodo visual e sonoro?”, questiona, considerando que “é matar a galinha dos ovos de ouro”.
A Câmara tem argumentado que a “zipline” é “mais uma medida para a atração de investidores e criação de receitas municipais, e integra-se no eixo de combate à sazonalidade”.
No folheto publicitário é referido que “será a maior atração turística da região e uma atividade de características ímpares na Europa, destinada a pessoas dos 8 aos 80 anos, que permitirá aos utilizadores desfrutar de uma beleza nunca antes vista ou sentida”.
É prometida “uma experiência única, sem ruído associado, confortável e totalmente segura”. A “zipline” será “sinónimo de turismo o ano inteiro, é perfeitamente compatível com a época balnear ou com a época das ondas gigantes, e apenas encerrará sob condições meteorológicas extremas”.
É ainda referido que este investimento exclusivamente privado irá criar postos de trabalho diretos e indirectos.
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