No documento, defende-se a manutenção dos mesmos valores de pesca atribuídos em 2018; o aumento dos apoios ou financiamentos aos pescadores afetados pelos períodos de paragem e redução drástica do volume de capturas; bem como o desenvolvimento de campanhas que permitam a valorização de espécies alternativas, como a cavala ou o carapau, como forma de “revitalizar a pesca do cerco no nosso país”.
O Conselho Internacional para a Exploração dos Mares (ICES) defendeu no seu Relatório de 12 de julho de 2018 a suspensão total da pesca da sardinha em Portugal e Espanha face à redução do stock na última década.
A concretizar-se, a medida irá afetar 80 famílias da Nazaré que subsistem da pesca do cerco e milhares de pescadores a nível nacional.
Na proposta aprovada em reunião de Câmara, o executivo refere-se ao esforço da comunidade piscatória local para garantir a sustentabilidade deste recurso, através da paralisação da atividade e redução das capturas nos últimos 5 anos; bem como às diversas iniciativas da Autarquia para alertar a tutela sobre os impactes económicos e sociais negativos de uma redução da quota de pesca.
A sardinha é considerada um recurso de interesse estratégico para a pesca nacional. A Câmara da Nazaré defende a sustentabilidade ambiental, e deste recurso em particular, e manifesta a sua preocupação com o impacto da proposta que aponta para uma possível nova redução da quota de pesca da sardinha sobre o setor primário, assim como nos serviços (comércio, restauração e turismo).
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