A mostra é um desafio à reflexão. Através de um conjunto de fotografias, o autor apresenta lugares da Ria Formosa, uma faixa de território a prazo, ameaçada pela Lei e pelo mar, onde entre demolições e a erosão costeira, resistem casas de pescadores, casas de férias, o último retiro na reforma ou, noutros casos, a casa possível.
À vista de resorts de luxo, o desordenamento dá lugar ao espontâneo, ao genuinamente simples e descomplicado.
“Para uns, lixo, mas para outros luxo, junto ao mar. Independentemente de juízos de valor, são locais únicos, a caminho da extinção”, refere o autor.
Nota biográfica do autor
Bernardo Lúcio nasceu em Coimbra, em 1977, tendo ido para Lisboa no ano seguinte, onde cresceu e estudou. Filho de um nazareno, desde sempre que a ida “à terra” tinha como destino a Nazaré.
Depois de tirar o curso de Direito, foi da Nazaré que surgiram dois apelos: o da costa, que o levou a ir viver para perto do mar no Algarve, e o da fotografia, legado deixado pelo seu bisavô, Álvaro Laborinho, fotógrafo amador, um apaixonado pela Nazaré e suas gentes.
Abandonado o Direito em prol de uma atividade mais criativa, a fotografia começou a ganhar especial importância a partir de 2010, desenvolvendo trabalho comercial em diversas áreas, para além de projetos pessoais onde pode expressar a sua criatividade de forma mais livre.
Horário da Galeria do Cine-teatro:
De 2ª a domingo, a partir das 14h00.
Entrada livre
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