Livro de autor alemão sobre pescadores da Nazaré editado em Portugal

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“João”, o livro ilustrado para a infância que o autor alemão Jan Balet publicou em 1965, descrevendo a vida de uma família de pescadores da Nazaré, foi editado agora, pela primeira vez, em Portugal, pela Kalandraka.

Traduzido por Manuel San-Payo, o livro é um retrato quase pitoresco de como era o quotidiano, há mais de 50 anos, de uma família que vivia da pesca, na Nazaré. O protagonista é o filho mais novo da família Sampaio, que todos conheciam por João.

No livro, para enquadrar a vida do João, Jan Balet desenhou os barcos típicos, os trajes, os padrões de vestuário, os xailes negros das mulheres que ficavam em terra, a prática da pesca artesanal.

O autor coloca ainda o rapaz a sonhar com uma vida diferente da pesca: “Quero ir-me embora daqui. Quero viver longe do mar. Quero ser comerciante e comer carne e bolos. Sempre peixe, alcatrão e areia molhada!”, lê-se na história.

Pintor, ilustrador e designer gráfico, que viveu entre a Europa e os Estados Unidos, Jan Balet escreveu vários livros para crianças e este “João” terá surgido, fruto de uma viagem a Portugal.

Foi publicado em 1965, em alemão, e mais tarde em inglês. A ideia inicial terá sido manter o nome português no título, mas, na altura, acabou por ser escolhido “Joanjo”. Só agora é que ganhou uma edição portuguesa, recomendada para pré-leitores a partir dos cinco anos.

Três anos antes de editar “Joanjo”, Jan Balet já tinha desenhado a mesma personagem num pequeno conto de natal, publicado em dezembro de 1962, na This Week Magazine.

Jan Balet morreu em 2009, na Suíça, aos 95 anos, e o legado artístico do autor é atualmente mantido e divulgado pela família através da Internet.

Peter Balet, filho, conta na página oficial que uma das particularidades de Jan Balet foi ter conseguido “transformar lições de vida em histórias engraçadas, com personagens e ilustrações baseadas em locais que visitou ou em locais que imaginou”.

Sobre “João”, Peter Balet recorda que o pai quis registar “a extravagância do imaginário da infância”.

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