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PS de Alcobaça defende insolvência de empresa detentora de centros escolares penhorados

Paulo Alexandre

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O PS de Alcobaça defendeu a insolvência ou a dissolução da Cister SA, empresa municipal detentora de cinco equipamentos escolares penhorados pelo fisco, e deu à autarquia um prazo de um mês, que termina a16 de fevereiro, para esta apresentar uma solução.

Para o Partido Socialista de Alcobaça “resulta claro que dentro da legalidade e defendendo os interesses do município, apenas existem dois caminhos possíveis” para resolver o processo da empresa municipal Cister SA.

Em conferência de imprensa, o PS apontou como soluções “um plano de insolvência, com a liquidação dos equipamentos e ressarcimento possível aos credores” ou, “a dissolução da empresa”, sendo que em ambos os casos os socialistas admitem que os dois centros escolares e três pavilhões detidos pela empresa possam ser adquiridos “pela câmara ou por terceiro que garanta um contrato de arrendamento que sirva o interesse público”.

A parceria público-privada, iniciada em 2008, com a criação da empresa Cister, SA, participada em 49% pela empresa municipal Terra de e em 51% pela MRG – Engineneering & Solutions, SA, tinha como objetivo a construção e conservação de dois centros Escolares (de Alcobaça e da Benedita) e de um pavilhão multiusos (em Évora de Alcobaça), obras em que foi financiadora a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Em 2013, a empresa “Terra de Paixão” foi extinta, e a câmara adquiriu a sua participação na Cister, SA, comprometendo-se a pagar, durante 23 anos, rendas referentes à utilização daqueles equipamentos, num valor superior a 63,5 milhões de euros.

Os contratos acabaram, no entanto, por nunca obter o visto do Tribunal de Contas (TdC), o que impediu a autarquia de efetuar o pagamento das rendas dos equipamentos, dificultando o equilíbrio financeiro da empresa que, em dezembro de 2015, viu penhorado um centro escolar, colocado em leilão pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) por 970.994,50 €.

De acordo com o relatório de contas, a dívida ao fisco, que levou depois à penhora dos outros dois equipamentos, ascendia em janeiro de 2016 a 1.440.466.07 euros e deu origem a 48 processos de execução, refere a agência Lusa.

Em agosto de 2016, a Assembleia Municipal aprovou internalização da empresa pela Câmara Municipal, determinando a aquisição das participações sociais dos acionistas privados a um custo simbólico de um euro.

A Câmara negociou com a CGD a redução do spread [do empréstimo] de 3,25% para 2% que, em conjunto com a redução dos juros permitira reduzir a dívida em cerca de 17 milhões de euros, uma vez que os equipamentos ficariam a cargo da câmara, deixando de que pagar rendas pelos 23 anos previstos.

Porém, a internalização foi também chumbada pelo Tribunal de Contas que, em dezembro de 2016, devolveu o processo, defendendo que a solução possa passar pela insolvência da empresa.

Uma solução que o PS considera “menos lesiva do erário público”, já que entre as alegadas dívidas constam 2,7 milhões de euros reclamados pela empresa construtora, e que “a câmara não seria obrigada a assumir”, afirma César Santos, presidente da concelhia.

O PS reclama que “seja feita uma reunião com os partidos, vereadores e Assembleia Municipal”, para que a Câmara apresente “uma solução definitiva para este assunto.

O executivo do PSD aguarda um parecer jurídico para decidir se avança ou não para um processo de insolvência da empresa.

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