O único tripulante do veleiro Marylea II, com bandeira francesa, dava um passeio sozinho ao largo da Nazaré quando o barco começou a meter água. O homem, de 55 anos, lançou logo o alerta através de um sistema de satélite, pelas 19h53.
A caminho ia já o socorro de uma lancha semirrígida da estação salva-vidas de Peniche do Instituto de Socorros a Náufragos, com três elementos, uma vez que o pedido de socorro indicava ser a várias milhas a norte das Berlengas. Constatou-se depois ser a catorze milhas, já na Nazaré.
Nas operações participou também a embarcação de pesca Varamar, que estava nas imediações. O náufrago seria encontrado dentro de uma balsa. O veleiro, de 14 metros, tinha ido ao fundo. O homem foi então transportado para o porto de Peniche, onde chegou cerca das 22h30.
Ainda um pouco assustado e cansado, como confessou, o francês, que reside com a mulher em Coimbrã, Peniche, e fazia a sua última viagem de recreio este ano, prestou um curto depoimento à capitania de Peniche sobre as razões do afundamento do veleiro. “Bati em alguma coisa e a água começou a entrar no meu barco. Tentei com o motor regressar à Nazaré mas não consegui e tentei manter-me vivo na balsa”, afirmou Guy Pfister, que estava bem equipado com roupa própria de velejador, o que evitou entrar em estado de hipotermia.
Prossegue entretanto a fase de inquérito para apurar o que facto se passou. “Foi assistido pelos bombeiros. Recusou a ida ao hospital porque estava bem de saúde e alega que durante a navegação, que começou pelas 14h na Nazaré, terá embatido em algo que presume possa ser um contentor à deriva”, revelou Serrano Augusto, comandante da capitania de Peniche.
Uma coisa é certa: Foi um grande susto para o francês, que viu a sua vida em perigo, e que perdeu a sua paixão – o veleiro, que foi ao fundo ao largo da Nazaré.
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