8 municípios do litoral oeste: Nazaré, Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Lourinhã, Cadaval, Peniche e Torres Vedras fazem parte deste projeto inovador que, segundo explicou Pedro Machado, Presidente do Turismo Centro de Portugal, pretende “transformar o Oeste num destino turístico ainda mais acessível e inclusivo”, tendo sido escolhido o território “com casos do sucesso”, para o implementar, mas é desejo da Região “alargá-lo” ao país.
“A Nazaré, uma das nossas marcas mais fortes, com forte capacidade para se internacionalizar” foi a escolhida para a apresentação dos resultados de um trabalho iniciado há 18 meses, explicou aquele responsável.
Por seu turno, Walter Chicharro, Presidente da Câmara Municipal da Nazaré, afirmou que “tem sido preocupação da atual gestão autárquica tornar o espaço público (marginal, praia, edifícios públicos) acessível a todos”.
“Sendo a Nazaré um destino turístico, que tem vindo a afirmar a sua diferenciação em diversos produtos, nomeadamente nos desportos de mar e de ondas, ser acessível e inclusivo é uma mais valia”, adiantou o autarca.
Calcula-se que o turista que necessita de cuidados especiais (alérgicos, idosos, gravidas em final de gestação ou portadores de deficiências) representem cerca de 40% dos potenciais novos turistas disponíveis para viajar e conhecer novas culturas mais meses ao ano e pernoitar mais tempo na oferta existente, o que os torna importantes agentes na dinamização da economia e combate da sazonalidade.
“O mercado representa, nos 28 estados membros da União Europeia, 140 milhões de pessoas, 800 milhões de viagens e 350 mil milhões de euros, números que tendem a crescer com o envelhecimento da população”, explicou Ana Garcia, European Network for Accessible Tourism (ENAT), uma das entidades parceiras deste trabalho, que conta com o envolvimento de diversos parceiros, e que visa a construção de uma Rede de Turismo Acessível e Inclusivo num território teste localizado em 8 Municípios do Litoral Oeste.
“Pretendemos fazer do Centro Portugal, cada vez mais, um destino de excelência nas várias frentes”, disse Pedro Machado.
O projeto, que surgiu como resposta às dificuldades diagnosticadas, pretende trabalhar nas acessibilidades das infraestruturas, nas competências de atendimento e prestação de serviços e nas parcerias em rede, numa zona piloto que abrange oito municípios da zona do oeste: Torres Vedras, Lourinhã, Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha, Alcobaça, Nazaré e Batalha.
As ações no terreno tiveram início há um ano, com a criação de uma parceria que envolve 59 entidades, que, segundo os responsáveis do projeto, já permitiu derrubar barreiras, desenvolver iniciativas de cooperação e “trabalho em grupo” e criar um pensamento estratégico nas pequenas e médias empresas (PME).
No projeto de divulgação do Património Mundial da Humanidade do Centro, que será implementado em 2017 e 2018, o objetivo é “valorizar e promover, de forma integrada e em rede”, o património classificado de Alcobaça, Batalha, Tomar e Coimbra.
O presidente da TCP destacou a importância de “colocar em rede a capacidade de se poder potenciar a promoção e dinamização dos lugares património mundial, que é a primeira experiência de um trabalho que se faz em rede” para a sua valorização.
“Mas, mais do que isso, é diferenciar a aposta no mercado nacional e internacional e de qualificarmos a visita de quem procura os lugares património mundial”, captando novos produtos e diferenciando a experiência, acrescentou Pedro Machado.
O objetivo final passa por aumentar o número de visitantes, dormidas e a estada média dos turistas, reafirmando a Região Centro como destino turístico de excelência, além de “reforçar a perceção que os recursos patrimoniais são geradores de novas experiências”.
Os dois projetos, segundo o presidente da TCP, serão um “contributo estruturado, em primeira instância, para o trabalho em rede das diversas instituições públicas e privadas”.
0 Comentários