O primeiro exercício na região foi realizado no passado dia 6 na barra do Porto da Nazaré, com o objetivo de “solidificar procedimentos de operação, testar o plano de emergência de salvamento específico para esta zona e consolidar a articulação entre os agentes de proteção civil”, revelou Gomes Agostinho, comandante da capitania da Nazaré,
Foi simulado que devido a uma explosão no quadro elétrico, uma embarcação de pesca ficou à deriva. Dos três tripulantes, um caiu ao mar, outro ficou gravemente ferido e o terceiro, que saiu ileso, lançou o alerta.
O barco corria o risco de embater na zona dos molhes, devido às condições climatéricas, já que se simulou estarmos num período de outono/inverno.
Foram envolvidos meios das estações salva-vidas da Nazaré e de Peniche, da capitania, dos bombeiros, entre outros.
No dia 12 foi simulada uma ocorrência semelhante à entrada da barra de Peniche. Num cenário imaginário em que a barra estava fechada devido ao mau tempo, uma embarcação marítimo-turística com dez tripulantes registou um incêndio a bordo. Vários meios entraram em ação para controlar o fogo e resgatar os passageiros.
Enquanto os passageiros eram levados para terra pelo salva-vidas Vigilante, o barco com o fogo confinado a um compartimento teve ordem para atracar no porto. Já no cais, o incêndio foi extinto pelos bombeiros e por uma equipa do navio Cassiopeia, da Marinha.
Um dos tripulantes ficou com queimaduras nas mãos e com problemas respiratórios por inalação de fumos. Um rescaldo ainda assim positivo de um exercício que antecipou um cenário possível de acontecer em condições marítimas adversas.
Serrano Augusto, comandante da capitania de Peniche, apontou que “a missão prioritária foi salvar os tripulantes e depois prestar apoio à embarcação para entrar na barra sem perigo para a navegação, e valemo-nos de todos os meios que estavam na periferia e testadas as comunicações e a capacidade de resposta”.
António Viola, chefe dos bombeiros de Peniche, relatou que “colaboração entre as diversas entidades é essencial e uma das atuações que fazemos é também no mar, neste caso com a ajuda inesperada, porque não estava prevista, do pessoal de uma embarcação da Marinha”.
Dionísio Varela, comandante da AMN, indicou que estes exercícios visam “aprontar todos os meios antes da época de maior risco”.
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