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Atrasos na produção da pera rocha e maçã arrastam colheita para final de agosto

Paulo Alexandre

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A produção de pera rocha e da maçã está atrasada devido a instabilidades climáticas e as colheitas vão ser adiadas do início para o fim de agosto, o que não acontecia há 10 anos.

As condições climáticas, com temperaturas amenas e períodos prolongados de chuva, trouxeram situações anómalas e dificuldades na floração e nos vingamentos da fruta, o que fez com que as colheitas, que começavam por volta do dia 10 de agosto, sejam iniciadas na última semana de agosto.

Filipe Ribeiro da associação de agricultores de Alcobaça, receia que haja falta de mão-de-obra, já que, sendo um trabalho temporário, “as colheitas costumam ser asseguradas sobretudo por jovens estudantes e trabalhadores de outros setores a gozar férias”.

Aristides Sécio, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha do Oeste, cujos associados detêm 85% da produção nacional, estima “uma produção para este ano de 140 mil toneladas, cerca de 10% acima da campanha anterior”.

Ainda assim, as campanhas de 2016/2017 e 2015/16 registaram uma quebra de produção face há dois anos (2014/2015), quando a produção atingiu as 202 mil toneladas.

Se no último ano de produção a instabilidade climática dificultou o desenvolvimento da pera, no ano passado um fungo, já na fase final da produção, causou uma quebra de 40% face à campanha anterior.

Contudo, nem tudo foram más notícias, uma vez que, com a quebra de produção, “a procura foi maior do que a oferta, o que resultou numa subida de preços” e permitiu equilibrar o rendimento dos agricultores.

Na campanha de 2015/2016, que agora termina, foram produzidas cerca de 115 mil toneladas, o que permitiu ao setor receitas entre os 100 a 110 milhões de euros, contra os 120 milhões de 2014/2015.

Do total a produção, 70 mil toneladas foram para exportação, tendo como principais mercados o Brasil (29.000), o Reino Unido (11.00), França (9.000), Marrocos (8.300l) e Alemanha (4.300).

Entre os mercados externos emergentes para onde houve exportação de fruta, estão a Líbia, Emirados Árabes Unidos, Azerbaijão, Gana, Nigéria e Sri Lanka.

A pera rocha é produzida (99% ) nos concelhos entre Mafra e Leiria, numa área de cultivo de 11 mil hectares, sendo os concelhos de maior produção os do Cadaval e Bombarral.

A fileira dá trabalho a 4.700 pessoas, empregando diariamente 13 mil pessoas na época da colheita.

A pera rocha do Oeste possui Denominação de Origem Protegida, um reconhecimento da qualidade do fruto português por parte da União Europeia.

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