A iniciativa de expor as embarcações partiu da Câmara Municipal e do Museu da Nazaré, que têm procurado formas de preservar este património dos agentes naturais.
“Tomei a decisão da contratação destes dois homens pelos seus conhecimentos e forte ligação ao mar bem como aos barcos. São um ativo fundamental para assegurar a preservação do nosso património marítimo, que é uma forma de afirmação nossa no presente e no futuro”, declarou Walter Chicharro.
António Broa e António Murranga, são dois nazarenos com ligações ao mar, que ofereceram os seus conhecimentos e dedicação às artes de pesca para preservar estas memórias marítimas, e que têm sido os colaboradores e conselheiros em matéria de preservação das embarcações expostas.
“Ponho água todas as manhãs, e outras vezes ao por do sol, com o objetivo de deixar as embarcações húmidas e evitar que abram fendas com as diferenças de temperatura, e, assim, durem mais tempo”, resume António Broa, um reformado da pesca, que ocupa parte dos seus dias a aplicar os seus conhecimentos na preservação das embarcações tradicionais que se encontram expostas no areal da praia da Nazaré, em frente ao Centro Cultural.
A água salgada preserva a madeira, mas estando em terra, necessita de cuidados especiais que a conservem em boas condições de conservação.
As embarcações tradicionais são um património cultural, histórico e turístico inestimável, razão que levou a Câmara Municipal e o Museu da Nazaré a dedicar-se à sua manutenção, reparação e valorização.
O trabalho de António Murranga é observar e consertar pequenas mazelas que vão surgindo nas embarcações. Prepara-as e pinta-as durante o dia, para que o trabalho possa ser visto por quem passa e aprecia as embarcações tradicionais.
A exposição das barcas é a memória viva de muitas histórias passadas no mar da Nazaré para manter este património marítimo vivo.
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