“Estes exercícios e toda esta formação e planeamento que é feito ao longo de todo o ano é absolutamente crucial para o sucesso das operações de combate a incêndios ”, afirmou Constança Urbano de Sousa.
Promovida pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a ação teve por objetivo assinalar o início da Fase Bravo do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, que decorre de 15 de maio a 30 de junho.
Segundo a Ministra da Administração Interna os agentes de proteção civil” estão muito motivados e cada vez melhor preparados através das ações de formação que vêm recebendo ao longo dos últimos anos”, as quais “os preparam de facto para combater de forma tecnicamente melhor estes incêndios a todos os níveis”.
A ação de treino, que teve por base um cenário fictício de incêndio florestal, onde foi simulado o desenvolvimento de ações práticas como supressão de incêndios, transposição de obstáculos, utilização de ferramentas manuais e mecânicas para abertura de faixas de contenção, incluindo a mobilização de máquinas de rasto, contou, ainda, com um helicóptero de ataque inicial, guarnecido com uma equipa helitransportada do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana e um helicóptero pesado Kamov com uma equipa helitransportada da Força Especial de Bombeiros da ANPC, que fez uma abordagem em descida de corda vertical.
A ANPC já desenvolveu, este ano, um total de 304 ações de treino operacional, envolvendo 7163 operacionais de múltiplas estruturas, serviços e agentes de proteção civil de todos os distritos do continente.
A um dia do início da fase Bravo, o comandante Operacional Nacional, José Manuel Moura, assegurou que de todas as ações de formação programadas faltam apenas “concluir 29 que serão realizadas até ao final de maio” com o objetivo de alcançar “uma taxa de resolução inicial de incêndios na ordem dos 100% ”, depois de em 2015 a taxa ter chegado aos 93,6% .
Para além disso, a proteção civil pretende garantir a segurança dos meios e aumentar a eficácia no ataque ampliado, que o ano passado teve uma taxa de 06,04% .
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) empenhado para a fase Bravo movimentará 6.570 operacionais, 1.551 recursos técnicos terrestres e 72 postos de vigia.
No que toca a meios aéreos serão empenhados nesta fase 32, dos quais 21 helicópteros de ataque inicial, três de ataque ampliado e oito aviões anfíbios.
A época mais crítica em incêndios florestais, a fase Charlie [de 01 de julho e 30 de setembro] vai este ano contar com um total de 9.708 operacionais, 2.235 equipas, 2.043 viaturas e 47 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao de 2015.
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